SP tem 103 obras com problemas no cronograma, segundo TCE
Setores de Infraestrutura correspondem a 9% das obras atrasadas. Valores iniciais dos contratos ultrapassam R$ 328 milhões
São Paulo|Rodrigo Martinez, da Agência Record
Um levantamento realizado pelo TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) aponta que 103 obras estão com problemas de cronograma no setor de Infraestrutura Urbana e Turística em todo o estado, o que corresponde a 9% do total ou 1.139 empreendimentos. Os valores chegam a R$ 328.712.927 em contratos iniciais.
Os dados podem ser obtidos no"Painel de Obras Atrasadas ou Paralisadas" da Corte de Contas Paulista. As informações, fornecidas pelos órgãos jurisdicionados, são referentes ao quarto trimestre de 2020 e foram atualizadas em 14 de janeiro de 2021. Os números revelam um aumento de 32% na quantidade de obras com atrasos em relação ao levantamento do terceiro trimestre do ano passado.
Todos os empreendimentos são de âmbito municipal, sendo que 53 estão atrasados e 50 paralisados. Segundo o TCE, as justificativas para o andamento irregular são diversas: atrasos e suspensão dos repasses federal e estadual, descumprimento de especificações técnicas e prazos, alterações contratuais com reflexos no percentual limite de aditivos e inadimplência da empresa contratada.
Urbanização
Cerca de 60% das obras com problemas de execução se referem à infraestrutura urbana/urbanização. Das 62 obras, 37 estão atrasadas e 25 paralisadas, com um custo aos cofres públicos de mais de R$ 277 milhões em contratos iniciais.
A obra mais cara do setor é de âmbito urbano e está localizada em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. A entrega estava prevista para janeiro de 2014, mas a execução de obras de urbanização no Parque São Bernardo está paralisada desde dezembro de 2019. O contrato é de R$ 83,7 milhões.
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Turística
Com 41 obras irregulares, 16 estão atrasadas e 25 paralisadas. Os empreendimentos na área turística ultrapassaram a barreira dos R$ 51 milhões. A obra mais cara está localizada no município de Barueri, na Grande São Paulo.
Custando 4,4 vezes mais que o segundo empreendimento mais dispendioso do ranking, a construção da cobertura da arquibancada na arena Barueri está paralisada desde 2013 e já custou mais de R$ 16,4 milhões.