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SP tem primeiro feriadão sem medidas protetivas contra Covid-19

Paulistas se planejam para aproveitar descanso, mas médico alerta: “Não podemos cair na armadilha de que a Covid-19 sumiu”

São Paulo|Isabelle Amaral*, do R7

Celebração da Páscoa é o primeiro feriado prolongado sem medidas contra Covid
Celebração da Páscoa é o primeiro feriado prolongado sem medidas contra Covid Celebração da Páscoa é o primeiro feriado prolongado sem medidas contra Covid

Após mais de dois anos com a imposição de barreiras sanitárias, delimitação de lotação máxima em pontos turísticos e obrigatoriedade de uso de máscaras e álcool em gel, os cidadãos do estado de São Paulo têm, finalmente, o primeiro feriado prolongado, a partir de sexta-feira (15), sem as medidas de proteção contra a Covid-19.

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No dia de 17 de março, o até então governador de São Paulo, João Doria (PDSB), anunciou a liberação do uso de máscaras em locais fechados, com exceções apenas em transportes públicos e locais de acesso, e unidades de saúde, restrições que duram até hoje. Além da liberação do uso do equipamento, outras medidas como quarentena reduzida e distanciamento social foram anunciadas para diminuir o número de mortes ocasionadas pelo vírus.

O médico infectologista Max Igor, responsável pelo laboratório de reinfecção do Hospital das Clínicas da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), lembra que, nos feriados anteriores, o número de infecções aumentava.

“Não sou contrário às medidas de relaxamento, considerando que a evolução é positiva com baixo números de casos, mas não podemos cair na armadilha de que a Covid sumiu”, alerta.

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O uso da máscara foi decretado como obrigatório pelo governo em maio de 2020, tanto em espaços abertos quanto fechados, devido ao aumento significativo de casos e mortes por Covid-19. O uso do equipamento era uma medida adicional ao distanciamento social, recomendado para conter a disseminação do vírus.

A decisão do governo estadual de abolir o uso de máscaras veio após o pico da onda causada pela variante Ômicron, em meados de fevereiro deste ano. Apesar do aumento do número de casos com a nova cepa, segundo as autoridades de saúde paulistas, não havia tantos registros de mortes devido à cobertura vacinal no estado.

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No primeiro mês deste ano, a gestão estadual decidiu reduzir o isolamento de pessoas vacinadas que contraíram Covid-19, passando de 14 dias para apenas sete. A medida, que já era utilizada em outros países, como nos Estados Unidos, tinha como objetivo impedir que profissionais de saúde passassem muito tempo afastados, impactando o serviço dos hospitais durante a pandemia.

Um pouco antes, em 25 de outubro de 2021, 100% das escolas municipais de São Paulo voltaram às aulas presenciais, após o rodízio de alunos ser suspenso.

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Essas flexibilizações se deram devido ao aumento da coberta vacinal entre os paulistas. De acordo com dados desta quinta-feira (14) do site Vacina Já, 93,39% de toda a população do estado de São Paulo está vacinada com ao menos a primeira dose da vacina contra a Covid, sendo 92,44% com o esquema vacinal completo.

O infectologista lembra também que, antes de a população celebrar o feriado, é importante que avalie se tomou as três doses do imunizante.

* Estagiária sob supervisão de Fabíola Perez

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