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SP vai começar vacinação infantil com a CoronaVac, anuncia Doria

Após aprovação da Anvisa, imunizante será utilizado para vacinar todas as crianças e jovens de São Paulo em até três semanas

São Paulo|Do R7

Butantan tem 15 milhões de vacinas disponíveis para imunizar crianças e jovens
Butantan tem 15 milhões de vacinas disponíveis para imunizar crianças e jovens

O estado de São Paulo vai começar a vacinar crianças com idade entre 5 e 11 anos com o imunizante CoronaVac, anunciou o governador João Doria (PSDB) nesta quinta-feira (20). O uso emergencial da vacina, produzida pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica chinesa Sinovac, foi aprovado hoje pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). 

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"Prepare o braço, molecada! Anvisa autoriza vacinação de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos com Coronavac. Iniciaremos imediatamente a vacinação. Esperamos imunizar toda garotada em, no máximo, 3 semanas", escreveu Doria em sua conta no Twitter.

A aplicação do imunizante ocorrerá em duas doses com intervalo de 28 dias, e está liberada para o público com comorbidades, exceto em imunossuprimidos.

O Instituto Butantan tem, segundo o governo do Estado, 15 milhões de doses da Coronavac prontas e disponíveis para a vacinação de crianças da faixa etária de 5 a 11 anos. "Isso nos permitirá em São Paulo e em outros estados, vacinar rapidamente com a 1ª dose toda a quantidade de crianças que compõem essa faixa etária em até três semanas", disse o governador.


"Nossa capacidade é vacinar a totalidade de crianças em São Paulo e disponibilizar 5 milhões para o Ministério da Saúde e para os demais estados." O presidente do Butantan, Dimas Covas, afirmou que o processo de vacinação em São Paulo pode começar imediatamente. "Temos toda a estrutura pronta para levar a vacina a todos os 645 municípios", disse Regiane de Paula, coordenadora do Programa Estadual de Imunização.

Por se tratar de uma solicitação de autorização de uso emergencial, a decisão foi tomada pela Diretoria Colegiada, com base em subsídios apresentados pela Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos e pela Gerência de Farmacovigilância. Cada diretor elaborou o seu voto para a aprovação do uso emergencial.


Antes da aprovação, a única vacina autorizada pela Anvisa para o público infanto-juvenil é a produzida pela Pfizer/BioNTech. Na sexta-feira (14), o estado de São Paulo aplicou a primeira dose da vacina contra a Covid-19 da campanha de vacinação infantil em uma criança indígena de 8 anos.

A campanha, que abrange a faixa entre 5 e 11 anos, teve início no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A expectativa do governo é vacinar 4,3 milhões de crianças em três semanas. O governador João Doria (PSDB) acompanhou o começo do processo.


Aprovação da vacina

Ao longo das últimas semanas, a Anvisa se reuniu com pesquisadores do Butantan para analisar os resultados de testes da CoronaVac em crianças e adolescentes. De acordo com um dossiê com artigos sobre a eficácia da vacina publicado pelo instituto no início deste mês, a vacina é segura para a população de 3 a 17 anos e pode induzir uma forte produção de anticorpos no grupo pediátrico.

O Butantan apresentou um estudo feito na China, que avaliou 550 crianças e adolescentes (71 na fase 1 e 479 na fase 2) para medir a segurança, a tolerabilidade e a imunogenicidade da aplicação de duas doses da CoronaVac com um intervalo de 28 dias entre elas.

Um grupo tomou a vacina enquanto o outro recebeu placebo com hidróxido de alumínio, adjuvante não nocivo ao organismo presente na fórmula do imunizante. As análises mostraram que a vacina foi capaz de gerar anticorpos em 96% dos voluntários 28 dias após a segunda dose.

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