As investigações da Polícia Civil de São Paulo apontam que o supermercado Carrefour de Osascos (Grande São Paulo) não prestou socorro à cachorra que morreu, no dia 28 de novembro, após ser agredida com golpes de uma barra de alumínio por um segurança do estabelecimento.
“Segundo o que apurou a Polícia até o momento, o Carrefour não prestou socorro ao animal, tendo apenas acionado o Centro de Zoonoses”, disse nota da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) enviada à reportagem na noite desta sexta-feira (7).
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Pouco depois de ter recebido a nota, o R7 questionou o Carrefour sobre a possível omissão de socorro. Às 20h07, a empresa responsável pelo atendimento à imprensa da rede de supermercados enviou a mesma nota que foi publicada nas redes sociais do Carrefour na noite de 4 de dezembro.
Na nota, o supermercado afirma que “reconhece que um grave problema ocorreu” e diz que “empresa não vai se eximir de sua responsabilidade”. A nota, no entanto, não diz se o supermercado socorreu à cachorra ferida, apenas afirma que está “recebendo sugestões de várias entidades e ONGs ligadas à causa que vão auxiliar a empresa na construção de uma nova política para a proteção e defesa dos animais”.
Ainda segundo a SSP-SP, o segurança do Carrefour, apontado como responsável por matar a cachorra, teria dito em depoimento prestado na Delegacia de Investigações sobre o Meio Ambiente de Osasco que “acertou o cão com a barra de alumínio de forma não-intencional no estacionamento da loja”.
No depoimento, o funcionário que prestava serviço ao supermercado teria dito que quis bater com a barra de alumínio no chão para expulsar a cachorra do estabelecimento porque ela tinha rosnado na tentativa de ser colocada para fora.
O segurança afirma que a tentativa de expulsar a cachorra do supermercado foi “a pedido de seus superiores”. Ele diz ainda que só percebeu que tinha acertado a cachorra quando ela voltou para o estabelecimento já sangrando.
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Segundo o Carrefour, “desde o início da apuração, o funcionário de empresa terceirizada foi afastado”. O supermercado disse que está “inteiramente comprometido” a dar uma resposta a todos sobre o caso após o fim do inquérito, independentemente de qual for a conclusão.
A nota da Secretaria de Segurança Pública diz que a Delegacia de Investigações sobre o Meio Ambiente, que tem à frente a delegada Silvia Fagundes Theodoro da Silva, deve concluir o inquérito e encaminhar ao Ministério Público na próxima semana, após oitiva de mais três testemunhas. Até o momento mais de 20 pessoas prestaram depoimento.