Suspeito dá detalhes do assassinato da família carbonizada do ABC
Reconstituição do crime está marcada para os próximos dias. Segundo Jhonatan, foi Carina quem matou os três com ajuda dos três jovens suspeitos
São Paulo|Do R7, com informações da Record TV
A reconstituição do crime da família Gonçalves está marcada para os próximos dias. Enquanto isso, a casa onde ocorreram as mortes do casal Romuyuki e Flaviana, além do filho Juan, de 15 anos, permanece lacrada. A polícia pretende colocar os cinco suspeitos presos frente a frente pela primeira vez depois dos assassinatos para determinar a participação de cada um deles no crime. As informações são da Record TV.
A filha e irmã das vítimas, Ana Flávia Gonçalves, a mulher dela Carina Ramos, os irmãos Juliano e Jhonatan Ramos, primos de Carina, e um amigo Guilherme da Silva tiveram a prisão temporária prorrogada por mais 30 dias.
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A tese da polícia é que os cinco planejaram as mortes antes de entrar na casa, que fica em um condomínio de Santo André, no ABC Paulista, para cometer o roubo. É o que consta no depoimento de Jhonatan Ramos obtido com exclusividade pela TV.
Segundo o documento, no dia 10 de fevereiro, ele afirmou que Ana Flávia participou dos assassinatos. Disse que ela chegou a segurar o pé do próprio pai que estava sendo morto. Mas no dia seguinte, Jhonatan voltou à polícia e afirmou ter mentido e relatou que desde o início eles planejaram matar a família, além de roubar.
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De acordo com o suspeito, as mortes seriam pela herança de Ana Flávia. Ele disse ainda que o combinado era que Carina e Ana iriam matar as vítimas e os três jovens iriam roubar a casa. Mas, segundo Jonathan, na hora Ana Flávia não teve coragem e ficou no andar debaixo da casa e parecia angustiada.
Jhonatan afirmou que foi Carina quem matou os três com a ajuda dele, de Juliano e de Guilherme. Ele revelou que Carina usou um saco plástico e um fio de carregador de celular para enforcar a família. Ele disse também que o adolescente não foi poupado para que Ana ficasse com toda a herança.
Para o delegado que investiga o caso, o depoimento de Jhonatan foi o mais importante até agora por quase não apresentar contradições. Para a polícia, o relato dele é o que mais se aproxima do que possa ter acontecido dentro da casa.
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A defesa de Ana Flávia e Carina nega essa versão e tenta provar que a autoria do homicídio foi dos três jovens. Segundo elas, o combinado era assaltar a família, mas não matar.
Já a defesa de Jhonatan e Juliano concluiu um documento em que pede para a justiça um acordo de delação premiada. Eles prometem entregar a arma utilizada no crime, que foi escondida pelos clientes antes da prisão, em troca de benefícios na pena.