O homem conhecido como Tiririca foi transferido do 77° DP de Santa Cecília para o Centro de Detenção Provisória Belém II durante a manhã desta sexta-feira (20). Na noite da quarta-feira (18), a Polícia Civil prendeu um dos executores dos traficantes Gegê do Mangue e Pacá, líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) mortos no Ceará em 2018, em São Paulo.
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Tiago Lourenço de Sá de Lima, conhecido como Tiririca, é considerado um dos chefes da facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios de São Paulo e do Brasil. Contra ele havia um mandado de prisão preventiva expedido pela 1ª Vara da Comarca de Aquiraz do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará.
Após investigações, o traficante foi localizado em um carro, modelo Jeep Compass, por uma equipe do 77° Distrito Policial na Bela Vista, bairro nobre do centro de São Paulo.
Assim que percebeu a aproximação da viatura, Tiririca começou a fugir pela Marginal Pinheiros, sentido zona sul. A perseguição terminou na esquina da Avenida Vital Brasil com a Praça Jorge de Lima, no Butantã, na zona oeste.
Quando a viatura conseguiu interceptar o Jeep, três policiais civis desembarcaram para abordar o líder do PCC. Em reação, ele jogou o automóvel contra os agentes que, por sua vez, efetuaram disparos contra os pneus.
O traficante conseguiu fugir, sentido Rodovia Raposo Tavares, e o policial, que conduzia a viatura, deu sequência à nova perseguição. Os outros três agentes conseguiram carona em motos que passavam pelo local e também seguiram no acompanhamento.
Em determinado momento, o criminoso jogou mais uma vez o veículo contra a moto utilizada por um policial, que foi prensada contra o guard rail. Para proteger o companheiro, outro agente efetuou um disparo contra o vidro traseiro do Jeep, ferindo a cabeça de Tiririca.
Inicialmente, o traficante se identificou como Joaquim Pereira da Silva e apresentou a CNH em nome de terceira pessoa. Ele foi socorrido e levado ao Pronto Socorro da USP, onde foi medicado. Em seguida, foi transferido para o Hospital das Clínicas, onde já recebeu alta.
O caso foi registrado como resistência e captura de procurado no 77° Distrito Policial da Santa Cecília. A segurança de delegacia foi reforçada para impedir possível fuga.
Investigações
De acordo com o delegado Roberto Monteiro, da Delegacia Seccional do Centro, há cerca de seis meses o serviço de inteligência estava monitorando o Jeep, usado para a distribuição de drogas na Cracolândia, no centro de São Paulo. As informações foram obtidas durante a Operação Caronte.
Ao longo das investigações, a Polícia Civil não descobriu a identidade do suspeito, apenas que era um traficante ligado a facção criminosa. Estima-se que ele frequentava a pelo menos quatro meses o centro da cidade, interagindo com a Cracolândia. O delegado não explicou exatamente que tipo de atividade ele exercia na região.
Nesta quinta-feira, também foram apreendidas armas e munições, pertencentes ao traficante em um município próximo à capital paulista, que indicou o local do esconderijo.