Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Suspeito de matar Rayane pode pegar até 60 anos de prisão

De acordo com delegado, investigadores chegaram à casa do suspeito por volta da 1h desta quarta-feira (31): 'não tentou fugir, nem esboçou reação"

São Paulo|Plínio Aguiar, do R7

Suspeito responderá por homicídio quadruplamente qualificado
Suspeito responderá por homicídio quadruplamente qualificado Suspeito responderá por homicídio quadruplamente qualificado

O homem preso pela Polícia Civil de Mogi das Cruzes, em São Paulo, na madrugada desta quarta-feira (31), suspeito de ter matado a estudante Rayane Paulino Alves, de 16 anos, responderá à Justiça por homicídio quadruplamente qualificado: motivo torpe, recurso que dificulta defesa, asfixia e execução pra ocultar crime de estupro. 

Caneta achada ao lado do corpo de Rayane levou polícia até o suspeito

Segundo o delegado responsável pelo caso, Rubens José Ângelo, ele poderá pegar entre 30 e 60 anos de prisão. O corpo da jovem foi encontrado no domingo (28) em Guararema, cidade do interior paulista, com um cadarço enrolado no pescoço. Familiares reconheceram o corpo na segunda-feira (29).

Caso Rayane: Polícia Civil prende o principal suspeito de assassinato

Publicidade

"Investigadores bateram na porta da casa do suspeito por volta de 1h. Ele estava em casa, no sofá. Sua mulher que atendeu a porta. Os investigadores perguntaram dele e a mulher respondeu: é sobre o caso Rayane? Ele aparece em seguida", afirmou o delegado Rubens.

Com essas informações, a polícia trabalha com a hipótese de que a mulher já suspeitasse dos fatos. O delegado afirmou ainda que o homem se apresentou à polícia sem esboçar reação. "Não tentou fugir, nem nada. Estava tranquilo. Não chorou", disse. 

Publicidade

O suspeito de ter executado Rayane não tinha passagem pela polícia e se mostrou um homem frio e calculista. “Ele não é um assassino profissional, pois deixou pistas nas cenas do crime”, conta. “Encontramos uma caneta próxima ao corpo igual a uma (caneta) que tinha em sua casa”.

De acordo com a polícia, o suspeito trabalhava como segurança e é capoeirista há 12 anos. 

Publicidade

Leia também

Detalhes

De acordo com a polícia, após uma festa, a jovem foi abordada pelo suspeito na rodoviária de Guararema, por volta de 2h30 da madrugada, quando esperava um ônibus para voltar para casa.

O suspeito teria sentado ao lado dela e perguntado sobre que estava acontecendo. O delegado afirma que o suspeito ofereceu a jaqueta dele para a adolescente se aquecer, além de água.

"Foi conversando tentando convencê-la. Ofereceu carona para Mogi das Cruzes e ela disse que aceitaria. Ele passa, ela entra no carro dele e vem sentido Mogi das Cruzes. [O suspeito] diz que em dado momento ela falou para ele que queria curtir. Ele disse para ir para Jacareí. [...] A intenção dele era ter relações sexuais com ela, consentido ou não", detalha o delegado.

“Na rodovia D. Pedro, eles pararam no acostamento e trocaram beijos. Começaram a se beijar e teve o ato sexual. Passado dado momento, segundo o suspeito, a Rayane teria se defendido. Você me estuprou, vou chamar a polícia”, diz. O delegado afirmou que a garota “deu um chute nele”.

O suspeito, então, teria dado um golpe chamado mata-leão nela — ele é capoeirista. A garota desmaiou e foi levada ao banco do passageiro. O rapaz foi para outro local, para a entrada do Miracatu, e parou o veículo ali.

“Ele tem curso de pequenos socorros. Ele afere a pulsação dela pelo pulso e, pela jugular, vê que ela está viva. Com receio de ser acusado pelo crime de estupro, ele pega a bota dela, pega o cadarço e amarra o pescoço dela. E pressiona até a morte”, afirma. “A bota estava no assoalho do carro”, acrescenta.

Investigação

O delegado Jair Barbosa, que também faz parte do grupo de investigação do caso, afirmou que a apuração "absolutamente detalhada" permitiu que a polícia chegasse a minúcias do crime. "Juntamos provas materiais que nos levassem à conclusão de que ela [Rayane] foi friamente assassinada por um sujeito que a estuprou. Ele não é um estuprador contumaz, não era estuprador, mas a oportunidade se apresentou", diz.

"A garota estava na rodoviária de Guararema esperando o primeiro ônibus para voltar para casa, por volta das 2h30 da manhã. Ele era o segurança da rodoviária. Ele não estava bêbado e nem drogado. Ele se aproximou, tentou seduzi-la, ela não aceitou. Ele então ofereceu carona a ela. Ela aceitou. Aí os ânimos se acirraram dentro do carro. Ele a estuprou, estrangulou e abandonou o corpo", resumiu.

rayane-sorrindo
rayane-sorrindo rayane-sorrindo

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.