Suspeito de roubo a Itaú da Paulista é investigado por túnel ao BB
Polícia apura se Wagner dos Santos, o Vaguela, está envolvido em escavação
São Paulo|Do R7*
Apontado pela polícia como um dos autores do roubo milionário ao banco Itaú da avenida Paulista em 2011, Wagner dos Santos, o Vaguela, é investigado sob a suspeita de envolvimento na escavação do túnel que levaria ao cofre do Banco do Brasil descoberto no início da semana.
Na segunda-feira (02), 16 pessoas foram detidas pelo Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) pela tentativa de roubo ao banco. Entre eles, Alceu Céu Gomes Nogueira, tido como uma das lideranças do grupo bando e condenado por comandar rebelião em 2006 após remoção de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado pelo Ministério Público com chefe do PCC.
De acordo com a polícia, o bando construía o túnel havia três meses. Uma escavação de 500 metros foi foita a partir de uma residência alugada. A polícia acredita que os criminosos planejavam roubar R$ 1 bilhão.
Os policiais que investigam o caso, no entanto, acreditam que ao menos quatro pessoas da quadrilha não estivessem presentes na reunião do último fim de semana, quando a prisão foi feita. Uma delas seria Vaguela.
Em agosto de 2011, segundo a polícia, o suspeito teria participado do assalto ao Itaú na avenida Paulista, onde mais 100 cofres da agência foram arrombados. O roubo teria sido planejado por um ano e resultou em milhões roubados dos cofres em dinheiro, joias e outros pertences. Vaguela também chegou a ser apontado como suspeito de participar do roubo milionário ao Banco Central de Fortaleza, em 2005, onde foram roubados cerca de R$ 164 milhões.
Suspeito foi absolvido
Na data da publicação desta reportagem, o R7 não havia conseguido localizar a defesa de Vaguela. Em 17 de outubro, Isaac Minichillo de Araújo, que defendeu Vaguela nos casos do Itaú e do BC de Fortaleza, entrou em contato com a redação. Ele ressaltou que seu cliente foi absolvido da acusação de integrar a quadrilha que roubou o Itaú. E acrescentou que, no caso do BC de Fortaleza, ele não foi levado a julgamento, constando apenas como testemunha. Sobre o caso do BB, o advogado disse que não poderia se pronunciar, pois não possui clientes envolvidos na tentativa de furto.
*Ana Beatriz Azevedo, estgiária do R7.