O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou novas medidas de segurança para a rede estadual de ensino durante visita à Escola Estadual Thomazia Montoro, na manhã desta quinta-feira (13). Há duas semanas a unidade foi alvo de ataque do aluno de 13 anos, que deixou uma professora morta e cinco feridos.
Para reforçar a segurança na entrada, na saída e no pátio das escolas, o governo estadual pretende contratar 1.000 vigilantes privados que vão trabalhar desarmados.
“A gente entende que o vigilante vai estar ali todo dia. A gente quer que haja a criação de vínculos, que ele conheça o aluno pelo nome", afirmou Tarcísio. Além de proteger as escolas, os vigilantes serão orientados a alertar sobre possíveis mudanças no comportamento dos estudantes.
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Durante coletiva, o republicano também anunciou a ampliação das rondas escolares com o aumento de 200 para 800 policiais militares contratados por meio da Dejem (Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Militar). Isto é, são agentes que trabalham durante suas folgas de forma facultativa.
O reforço policial ainda vai contar, segundo o governador, com a participação de batalhões de elite de São Paulo, como Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) e Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia).
Aplicativo
Em operação há mais de um ano, o aplicativo 190 SP, da Polícia Militar, vai receber uma nova funcionalidade direcionada à segurança das escolas. Por meio de um botão, os profissionais da educação vão poder informar uma ocorrência, inclusive com imagens, como prints de redes sociais com ameaças. Caso seja necessário, uma equipe da PM vai se deslocar até a escola.
Acolhimento
Em relação ao acolhimento dos alunos, serão contratados 550 psicólogos para as 5.000 escolas da rede estadual. Cada profissional vai atender cerca de dez unidades, em uma visita por semana. A frequência pode mudar, dependendo da necessidade de cada uma.
Os psicólogos serão contratados, inicialmente, por 30 meses. O processo de licitação já foi aberto, com previsão de conclusão em até 180 dias e investimento de R$ 56 milhões.
"A gente quer prestar o amparo. Perceber o aluno que tem um problema, encaminhar para o melhor tratamento psicológico ou psiquiátrico. A gente quer perceber o que está acontecendo na casa desse aluno. A gente quer construir o melhor ambiente escolar", declarou Tarcísio.
O secretário de Educação Renato Feder também explicou que o primeiro atendimento à saúde mental e o acolhimento dos alunos são realizados por um professor do Conviva (Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar), treinado para atuar nesse tipo de situação.
"Hoje tem 500 [profissionais de educação]. Estamos treinando mais 1.800, e vamos chegar a 5.000. Em todas as escolas, vamos ter um professor treinado para ter um olhar de acolhimento e saúde mental", afirmou o secretário.
De acordo com o governo estadual, cada professor terá uma jornada de dez horas semanais direcionadas exclusivamente para essa função.