'Temi ser estuprada', diz mulher derrubada com soco em assalto
Advogada roubada em Santos (SP) por quatro criminosos diz que tentou fugir para evitar violência sexual. Ela caiu após soco no rosto
São Paulo|Do R7
A advogada Márcia Aquino Reis da Cruz, de 43 anos, que foi assaltada em uma rua de Santos, litoral de São Paulo, pouco após sair da praia no último sábado (19), conta que temeu ser estuprada ao ser abordada por quatro criminosos. "Foi desesperador. Achei muitos ladrões para um roubo e pensei que poderia ser estuprada. Então, decidi correr", contou ao R7.
Ela foi abordada inicialmente por três homens em bicicletas. Na tentativa de fuga, um quarto criminoso apareceu e desferiu um soco no rosto da vítima, que caiu no chão. A ação foi filmada por câmeras de segurança.
O assalto ocorreu na rua Américo Martins, no bairro do Boqueirão. Os criminosos roubaram uma bolsa em que a advogada carregava seu IPhone 12 e um cartão de crédito. Após a abordagem, a advogada ainda correu em direção aos bandidos, pedindo que alguém interviesse, mas o bando conseguiu fugir. Não havia nenhum tipo de policiamento no local naquele momento.
A vítima, que é moradora da região, conta que os criminosos ainda conseguiram fazer compras com seu cartão, que faz pagamento por aproximação, antes de ela solicitar o cancelamento dele.
Márcia Aquino Reis da Cruz relata que os roubos são constantes na região e que os moradores já não estão sequer fazendo boletins de ocorrência, diante da falta de providências. "Os porteiros dessa rua avisaram que praticamente toda semana há um assalto ou sequestro, levam o carro junto com o motorista", afirma.
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Ela reclama de que não há policiamento e que o registro da ocorrência não motivou ações na região. "Não deram importância."
Márcia Aquino cogita a possibilidade da participação de um morador do bairro que forneceria informações a criminosos, e pede que o caso seja investigado pela polícia.
O R7 questionou a SSP (Secretaria da Segurança Pública) sobre a investigação da ocorrência e o policiamento na região. O órgão, responsável pelas polícias Civil e Militar, porém, não respondeu às perguntas.