O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) absolveu o ex-presidente da Gaviões da Fiel Rodrigo Fonseca, conhecido como Diguinho, na noite desta quarta-feira (26). Ele estava sendo acusado pela morte do integrante da Mancha Alviverde Diogo Borges, 23 anos, em outubro de 2005, na estação Tatuapé do metrô (zona leste de São Paulo).
Diguinho já deveria ter sido julgado pela morte do palmeirense em outubro de 2014, mas o júri foi adiado porque faltaram testemunhas. Remarcado para março deste ano, o julgamento também foi adiado, segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, porque "as partes juntaram documentos e informaram que não houve tempo hábil para analisá-los".
O palmeirense era conhecido na torcida como Munhoz, por ser parecido com o ex-atacante colombiano (Muñoz) que atuava pelo Palmeiras na época. No dia do jogo, a vítima foi de Bragança Paulista, no interior paulista, onde morava com a mãe e a irmã, para se encontrar com o pai no terminal AC Carvalho e, depois, seguiria para o estádio.
A estação Tatuapé foi invadida por corintianos, em um ataque previamente combinado pela internet. Ao desembarcar do trem, Borges foi baleado nas costas. Socorrido, morreu no hospital.
A arma utilizada no crime nunca foi encontrada. Câmeras de segurança gravaram o momento em que um homem vestido de preto atira de cima para baixo. Para a acusação o atirador é Diguinho. Na mesma briga, 54 torcedores foram detidos pela Polícia Militar por agressões com barras de ferro, pedaços de pau e pedras.