Unifesp recusou prédio que desabou após vistoria detectar problemas
A instituição alertou, ainda, que não foi a única a recusar o imóvel: tanto as gestões Kassab e Haddad recusaram recebê-lo ao apontarem falhas
São Paulo|Plínio Aguiar, do R7
A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) informou que recebeu da União uma oferta para se instalar no prédio Wilton Paes de Almeida, que desabou na última terça-feira (1°), no centro de São Paulo. No entanto, a instituição recusou a proposta após uma avaliação técnica detectar problemas estruturais.
Por meio de nota, a reitoria da Unifesp disse que a oferta foi dada em agosto de 2012 pela Secretaria de Patrimônio da União para a instalação do curso de direito. Após uma avaliação, a universidade recusou a oferta em abril do ano seguinte. A análise demonstrou uma série de problemas no edifício que impediam o seu recebimento pela Unifesp, incluindo problemas estruturais e de proteção contra incêndio.
Leia também
"Por se tratar de uma torre de escritórios, também era inadequado para a instalação de atividades de ensino. A União, proprietária do prédio, foi comunicada à época dos diversos problemas, que eram visíveis e notórios", continou. A instituição alertou, ainda, que não foi a única a recusar o imóvel: tanto as gestões Gilberto Kassab e Fernando Haddad recusaram recebê-lo, uma vez que estava abandonado, deteriorado e apresentava riscos.
No final da nota, a instituição manifestou solidariedade às vítimas. "Culpabilizá-los pelo ocorrido é uma nova violência, quando o Estado se omite em relação à preservação e uso de seu patrimônio, à segurança dos que ali estavam por falta de opção e seu atendimento habitacional correto e definitivo", finalizou.
Os trabalhos de rescaldo e resgate do Corpo de Bombeiros seguirão durante a noite. Uma pessoa morreu no prédio que desabou após incêndio que começou na madrugada desta terça-feira (1º), em São Paulo
Os trabalhos de rescaldo e resgate do Corpo de Bombeiros seguirão durante a noite. Uma pessoa morreu no prédio que desabou após incêndio que começou na madrugada desta terça-feira (1º), em São Paulo