Sessão de votação de privatização da Sabesp é paralisada após conflito entre manifestantes e PMs
O projeto de lei foi enviado pelo governador Tarcísio de Freitas em outubro; para ser aprovado, o texto precisa de maioria simples
São Paulo|Do R7
A votação do projeto de lei que prevê a privatização da Sabesp foi paralisada na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), no início da noite desta quarta-feira (6), após confronto entre manifestantes e policiais militares.
A sessão teve início às 17h30 com a confirmação da presença dos deputados. Em seguida, as bancadas do PT, Republicanos, PSOL, Rede e PSB realizaram os encaminhamentos em relação à votação.
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Entre os pronunciamentos, os manifestantes que assistiam à sessão nas galerias gritaram palavras de ordem como: “O povo é contra a privatização” e “Plebiscito agora, plebiscito já”. O grupo era formado por grupos de esquerda, membros do partido Unidade Popular e funcionários da Sabesp.
Em determinado momento, o público se levantou e tentou quebrar o vidro que separa a galeria do plenário, por isso o presidente da Casa, André do Prado (PL), solicitou o reforço da segurança.
Segundo imagens da Record, os policiais militares desferiram golpes de cassete contra os manifestantes, além de usarem spray de pimenta contra o grupo. A sessão foi interrompida por volta das 18h30, e pelo menos uma mulher ficou ferida.
Até a publicação da reportagem, a assessoria de imprensa da Alesp não confirmou se a votação será realizada ainda hoje.
Projeto de lei
O texto, de autoria do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi enviado à Alesp em 17 de outubro e prevê a desestatização da empresa de água e saneamento, a maior do setor no Brasil, por meio da venda de parte das ações que o estado detém na companhia.
Para ser aprovado, o projeto de lei precisa da maioria simples de 48 deputados. A expectativa é que a privatização receba de 50 a 60 votos favoráveis.