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‘Vou trabalhar para fugir da polícia’: Cariani diz que frase se referia à preocupação com licença

Influenciador afirmou que não se lembra do contexto de mensagens de texto, uma vez que a conversa aconteceu há quase dez anos 

São Paulo|Do R7


Influenciador se defendeu em vídeo
Influenciador se defendeu em vídeo

Renato Cariani, suspeito de envolvimento em um esquema que teria desviado 12 toneladas de produtos químicos para a produção de drogas, afirmou que a frase "vou trabalhar para fugir da polícia", é referente a uma preocupação com licença ambiental.

Em um vídeo, publicado em seu canal no YouTube, o influenciador disse que não se lembra exatamente do contexto da conversa, pois ela é de 2014, e que vai pedir acesso a todas as mensagens usadas como prova para o processo.

Ele explicou que se tratava de um desabafo entre sócios, que estavam estressados com a empresa. "Quando você é empresário no Brasil, você tem carga tributária, baixa uma fiscalização na tua empresa, aí vem uma reclamação de cliente, um atraso de fornecedor, então é estresse o tempo todo", afirmou.

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Cariani então explicou que a frase que repercutiu não tem a ver com a investigação. "Ninguém aqui quer fugir da polícia, ninguém trabalha de final de semana para fugir da polícia", disse ele. "Provavelmente na semana seguinte nós teríamos uma fiscalização, uma auditoria do meio ambiente, que é da Polícia Civil", justificou.

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O químico contou que anualmente a Polícia Civil realiza uma fiscalização nas empresas para renovar a licença ambiental, necessária para o funcionamento da companhia.

Lucro estimado

Segundo estimativas do Ministério Público, o suposto esquema de desvio gerou lucro de mais de R$ 2 milhões. O número corresponde ao valor movimentado em notas fiscais emitidas ou em depósitos realizados em espécie.

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Porém, a estimativa mais razoável mostra que já foram acrescidos ilicitamente mais de R$ 3 milhões ao patrimônio dos criminosos.

Investigação

A Polícia Federal de São Paulo desarticulou, na última terça-feira (12), um esquema que teria desviado 12 toneladas de produtos químicos para a produção de cocaína e crack. O influenciador fitness Renato Cariani, de 47 anos, é suspeito de envolvimento no caso.

Entre as drogas encontradas estão grandes quantidades de fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila — o suficiente para preparar mais de 19 toneladas de entorpecentes prontos para consumo.

A PF informou que mais de 70 agentes cumpriram 18 mandados de busca e apreensão em São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo, Ribeirão Preto, Diadema, Praia Grande, Guarujá, Curitiba e Rubim (MG). No esquema, ainda há endereços situados no Paraná.

Defesa de Cariani

O influenciador fitness publicou na última sexta-feira (15) mais um vídeo em que se defende das denúncias de participação em um esquema de desvio de produtos químicos para o tráfico.

Cariani disse que a empresa da qual é sócio, a Anidrol, é vítima da mesma forma que a multinacional AstraZeneca, que denunciou a emissão de notas fiscais, em 2017, referentes a movimentações de produtos químicos que não reconhecia como suas.

“A AstraZeneca é vítima, e eu sou também”, declarou Cariani. “Isso é uma palhaçada.”

Sobre as denúncias de que a Anidrol teria recebido dinheiro em espécie em transações, Cariani foi enfático ao ressaltar que a empresa só recebe valores a partir de depósitos bancários que podem ser rastreados. O influenciador também afirmou que as 16 toneladas que teriam sido desviadas para organizações criminosas são irrisórias perto do fluxo de material da empresa.

“Nós movimentamos, produzimos, comercializamos, vendemos centenas de toneladas de produtos por mês. Nós estamos falando de uma empresa de 42 anos de história”, explicou Cariani. “Dezesseis toneladas em seis anos chegam a ser simbólico, desapercebido, dentro da logística de material que nós temos.”

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