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Zoológico de Bauru (SP) consegue reproduzir ave gigante da Oceania

Foram 50 dias de incubação e de muitos cuidados com o recém-nascido, mas ainda não se sabe o sexo do filhote que completou um mês nesta segunda

São Paulo|

Filhote de Causar completa um mês de idade nesta segunda-feira (17)
Filhote de Causar completa um mês de idade nesta segunda-feira (17) Filhote de Causar completa um mês de idade nesta segunda-feira (17)

O zoológico municipal de Bauru, cidade do interior de São Paulo, obteve sucesso na reprodução do casuar, uma ave gigante, natural da Oceania, ameaçada de extinção na natureza. O filhote completou um mês nesta segunda-feira (17) e já pode ser observado pelos visitantes.

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O zoo de Bauru é o segundo do país a conseguir a façanha - um filhote já havia nascido no zoo de Itatiba, também no interior paulista. "Encerramos o ano com chave de ouro e demos para os nossos visitantes um belo presente de Natal", disse o diretor do zoológico de Bauru, Luiz Pires.

Ele conta que não foi tarefa fácil. O zoo recebeu um casal de filhotes da espécie em 2000, quando foi inaugurado um setor para grandes pássaros - o casuar adulto chega a pesar 50 quilos - e, desde que os espécimes se tornaram adultos, o zoo vem tentando a reprodução. "Os casuares são animais solitários e macho e fêmea só se aceitam no período de reprodução. Fora disso, eles se atacam e, como têm unhas afiadas, um pode até matar o outro", explicou.

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No zoo, o casal vive separado por um alambrado e só é juntado para acasalar. "Ficamos observando quando surgem os sinais de namoro e não há risco de rejeição." Pires conta que o macho escava uma espécie de bacia no solo, onde a fêmea põe até quatro ovos. Em seguida, ela sai do ninho e o macho se deita para chocar os ovos.

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Quando algum ovo eclode, o pai assume os cuidados com o filhote, longe da mãe, que já está em recinto separado. "Tivemos três posturas anteriores, mas não houve eclosão. Numa delas, levamos o ovo galado (fértil) para uma chocadeira, mas o filhote morreu antes de nascer. Desta vez, deu certo com a choca natural", comemorou.

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Foram 50 dias de incubação e de muitos cuidados com o recém-nascido, mas ainda não se sabe o sexo do filhote. "Vamos fazer exame de sangue para saber se é macho ou fêmea." Conforme o diretor, como há zoológicos que têm casuares solteiros, a ideia é formar um novo par para aumentar a chance de reprodução.

O casuar (Causarius casuaris) é natural da Austrália e Nova Guiné. Sua origem remonta à época dos dinossauros, mas, a exemplo da ema brasileira, durante a evolução a ave perdeu a capacidade de voar. Sua alimentação é baseada em folhas e frutas, o que torna o casuar um excelente propagador de sementes nas matas da Oceania.

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Devido à perda do habitat e o consumo da carne e ovos pelos aborígines, principalmente na Nova Guiné, a ave tornou-se ameaçada de extinção. O casuar pode correr a até 50 km/h e saltar 1,5 m, tornando-se agressivo quando protege ovos e filhotes, por isso é temido pelos homens.

Filhote de Casuar no ZOO/BAURU

Não foi CASUAR, foi “INTENSIONAR“! O interior está feliz e a equipe do Zoo/Bauru mais ainda... Era agosto de 2.000, quando nas comemorações dos 27 anos do Zoo/Bauru, inaugurávamos o setor das Aves Gigantes e, com ele, a vinda de um casal, com 8 meses de idade, de Casuar (Casuarius casuarius) uma emblemática espécie natural da Austrália e Nova Guiné, que pode chegar aos 50kg de peso e, como a nossa Ema, na evolução perdeu a capacidade de voar. Com uma face que lembra os animais da era dos dinossauros, é um importante disseminador de sementes nas matas australianas, pois sua alimentação baseia-se em frutos e folhas, cujas sementes são espalhadas quando liberadas pelas suas fezes. Infelizmente, devido à perda de habitat, é uma espécie já considerada como vulnerável à extinção. Há tempos estávamos tentando reproduzir a espécie, porém a maior dificuldade era saber a época correta de juntar o casal, pois esses só se aceitam na época da cópula e, após esse período, ocorrem brigas que inclusive podem resultar em morte, pois possuem unhas longas e extremamente afiadas. Este ano, felizmente tivemos o sucesso tão esperado e, após uma incubação de 50 dias, realizada exclusivamente pelo macho, nasceu o primeiro filhote, um bauruense muito esperado e festejado pela nossa equipe. Agora somos o segundo Zoológico brasileiro, a ter sucesso na reprodução da espécie e, com certeza, muitos outros virão e assim estaremos contribuindo na conservação de mais uma espécie da fauna selvagem de nosso planeta

Posted by Zoo Bauru on Friday, December 7, 2018

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