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"Acolhimento é determinante", afirmam pacientes com câncer

Manter o bom humor, sentir-se acolhido e acreditar no sucesso do tratamento são pontos que pacientes acreditam ter ajudado a passar pela doença

Saúde|Giovanna Borielo, do R7*

Beatriz foi diagnosticada com leucemia aos 4 anos
Beatriz foi diagnosticada com leucemia aos 4 anos

"Acho que o primeiro ponto que ajudou na recuperação da minha filha foi o sentimento de acolhimento por parte da equipe", afirma Erika Kubo, de 42 anos, mãe de Beatriz Kubo, de 9.

Hoje curada, Beatriz, que foi diagnosticada com leucemia linfóide aguda aos quatro anos, venceu a doença em 2016, após três anos de tratamento. 

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Além do acolhimento, o diagnóstico rápido ajudou na cura da doença. "Ela fez exames em abril e estava tudo bem. Quando ela sentiu as dores e recebeu o diagnóstico era setembro, então foi muito rápido", conta a mãe de Beatriz.


De acordo com a oncologista pediátrica Carlota Blassioli, do Hospital do GRAACC (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer), a rapidez para identificar a doença é um dos principais fatores que determina o sucesso do tratamento. 

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Segundo a oncologista, a qualidade de vida do paciente durante e após o tratamento é determinante para sua recuperção. "É um tratamento longo e difícil, e isso modifica muito a vida dessas pessoas, então é importante que tanto essas pessoas, quanto a família tenham um acompanhamento terapêutico. Quando o paciente está bem, está feliz, ele responde melhor ao tratamento", afirma.

Para Erika, manter a animação durante o tratamento também foi um dos fatores que ajudou a filha a curar a doença. "No hospital a gente vê que tem algumas crianças que ficam mal humoradas, e percebemos que elas têm uma dificuldade de passar por isso, que não vai aguentar", afirma a mãe de Beatriz.


Esse bom humor e fé no tratamento ajudaram a bancária Mara Perillo, 56, a enfrentar o câncer de mama, diagnosticado em abril de 2010.

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"Quando você vê alguém em estado terminal [de câncer], percebe que a pessoa começa a perder a voz e a força, e eu decidi que não ia ficar daquele jeito", relata Mara, que não faltou em nenhuma das sessões de quimioterapia.

Segundo Mara, o acolhimento recebido durante o tratamento, tanto da equipe, quanto da família, não a deixaram ter tempo para chorar pela doença.

Depois de curada, a experiência gerou a "vontade de ser útil" e se reinserir na sociedade, motivando-a a viajar e conhecer o mundo, e a participar de corridas com a família.

"Para mim, hoje é uma honra ser uma vitoriosa, ter passado pela quimioterapia e curado o câncer", afirma Mara.

Erika, a mãe de Beatriz, partilha do mesmo sentimento. "Tudo isso foi uma lição para nós. Hoje somos muito mais gratos a tudo e não brigamos mais por qualquer coisa", completa.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Ingrid Alfaya

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