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Após sinais de agressividade, veja o que mais pode acontecer no quadro de demência de Bruce Willis

Especialista explica como a doença tende a evoluir em casos como o do ator norte-americano

Saúde|Do R7

Bruce Willis tem comportamento agressivo e lentidão após diagnóstico de demência frontotemporal
Bruce Willis tem comportamento agressivo e lentidão após diagnóstico de demência frontotemporal Bruce Willis tem comportamento agressivo e lentidão após diagnóstico de demência frontotemporal

O ator Bruce Willis, diagnosticado com demência frontotemporal há cerca de duas semanas, está enfrentando as dificuldades da doença. A progressão da condição foi considerada por muitos como sendo rápida, mas pode ter relação com o quadro de afasia, detectado em abril do ano passado. 

Assim como a grande maioria das demências, o tipo enfrentado pelo ator apresenta novos sintomas com o passar do tempo. 

Em uma entrevista ao jornal alemão Bild, Wilfried Gliem, primo da mãe do artista (Marlene Willis), disse que ela não sabe distinguir se Bruce ainda tem ciência de quem ela é. 

"Ela não tem certeza se seu filho ainda a reconhece", disse Gliem.

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O familiar complementa dizendo que o comportamento do ator é "muito lento, existe sempre uma ligeira agressividade e já não é possível ter uma conversa normal com ele". 

Para Fabiano de Abreu, pós-doutor em neurociências pela Universidade da Califórnia e membro da Sigma Xi e da Society for Neuroscience, nos Estados Unidos, apesar de a evolução do quadro variar de paciente para paciente, esses não são os primeiros sintomas da doença de Bruce: a afasia foi o início do quadro. 

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"Não é afasia por concussão, traumatismo ou derrame, é afasia progressiva primária que acontece na neurodegeneração em pessoas com demência", explica Abreu.

E acrescenta: "É uma afasia relacionada à demência frontotemporal, em que se perde a capacidade de falar e escrever e, eventualmente, de compreender a linguagem escrita ou falada".

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O neurocientista ainda afirma que a condição afeta de forma mais forte a personalidade, o que explica o comportamento mais lento e a dificuldade de comunicação. Já os problemas de memória, um receio da mãe de Willis, acontecem em estágios mais avançados.

"As pessoas com demência frontotemporal também têm dificuldade de pensar de forma abstrata, prestar atenção e recordar o que foi dito. Os músculos são afetados em algumas pessoas. Elas podem ficar fracas e definhar", alerta Abreu.

O que esperar

Como a doença continuará a evoluir, Abreu lista uma série de outros problemas que Bruce Willis tende a manifestar no futuro. Eles devem ocorrer na seguinte ordem: 

1. Pequenas coisas inexplicáveis (confusão mental);

2. Problemas de condução e trabalho;

3. Apatia;

4. Dificuldade para engolir;

5. Comportamento;

6. Problemas de equilíbrio e mobilidade;

7. Mais sintomas físicos;

8. Nos últimos dias pode haver falha na deglutição, confinamento na cama, uso de medicamentos para controlar a dor, dificuldade de respirar etc.

'Não existe melhora'

Segundo o site britânico Daily Mail, após o anúncio do diagnóstico, Bruce foi visto pela primeira vez na quinta-feira (2), nas ruas de Santa Mônica, na Califórnia. Ele estava tomando café com outros dois amigos. 

Apesar de ser um bom sinal, essa interação não significa uma regressão da doença.

"Não existe melhora para a doença. Se ele estava lá é sinal que a doença está em um estágio que ainda lhe permite fazer isso. Não sabemos como estava a situação dele com os amigos, até que ponto ele lembra dos amigos? Até que ponto a conversa mantém uma linha de raciocínio?", indaga o neurocientista.

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