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Ar seco e poluição fazem crescer busca por atendimento médico

Com a falta de chuvas em boa parte do país, população fica mais suscetível a infecções respiratórias ou a complicações de doenças já existentes

Saúde|Fernando Mellis, do R7

Qualidade do ar em São Paulo cai no inverno
Qualidade do ar em São Paulo cai no inverno

A previsão de tempo seco em boa parte do Brasil até o fim do mês não é uma boa notícia para quem sofre de problemas respiratórios.

A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo estima aumento de "pelo menos 30% no atendimento pelas unidades de saúde da capital a pessoas que apresentam problemas respiratórios".

Em grandes hospitais, como a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, o número de pacientes com queixas relacionadas ao sistema respiratório também tem aumento entre 20% e 30% nesta época do ano, estima o médico pneumologista Roberto Stirbulov.

"Tem duas situações: indivíduos que não têm doença respiratória e pegam alguma infecção; e aquelas pessoas que têm doenças como asma, rinite, DPOC [doença pulmonar obstrutiva crônica], e acabam tendo uma piora devido ao tempo seco", explica.


Normalmente, os que mais sentem os efeitos do ar seco são crianças e idosos. As complicações são ainda piores em áreas muito urbanizadas, como São Paulo.

"Com o ar mais seco, quando a temperatura cai, a dispersão de poluentes é menor. Essa concentração de poluentes e ar seco provocam pequenas lesões nas vias aéreas que facilitam as infecções", acrescenta o médico. 


Leia também:Saiba como prevenir doenças que aumentam sua incidência com o frio

Crianças e idosos sofrem mais com ar seco e poluição
Crianças e idosos sofrem mais com ar seco e poluição

Na Grande São Paulo, não há previsão de chuva pelo menos até o dia 26 de junho. Mesmo se ela vier, pode ser em volume insuficiente para limpar a atmosfera.


A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que a umidade relativa do ar não fique abaixo de 60%. Níveis menores acarretam problemas para a saúde humana.

Em São Paulo, nas horas mais quentes do dia, esses patamares chegam a ficar entre 30% e 40%. O mesmo acontece em outras regiões, como o Distrito Federal, por exemplo.

Os sintomas desse conjunto de ar seco e poluição podem variar desde irritação nos olhos e garganta, até quadros de mal-estar geral e febre.

Stirbulov recomenda que se procure um médico em casos de febre, catarro amarelado e falta de ar.

"Até o começo de agosto, é comum o aumento de casos de doenças respiratórias", afirma a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo em nota.

Cuidados

Apesar de o ar seco e a poluição serem incômodos para a maior parte das pessoas, há maneiras de minimizar os efeitos. São elas: 

• Manter-se hidratado;

• Evitar a prática de exercícios físicos nas horas mais quentes do dia;

• Usar colírios no caso de olhos ressecados;

• Lavar as narinas com soro fisiológico;

• Evitar bebidas alcoólicas em excesso.

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