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Brasil deixa lista dos 20 países com os menores índices de vacinação infantil, diz Unicef

Dados mostram que, em 2021, país ocupava a 7ª colocação do ranking, ao lado de Índia, Afeganistão, México e Filipinas

Saúde|Do R7, em Brasília

Brasil ocupava 7ª posição em 2021 Pedro Ventura/Agencia Brasilia

Um relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde) e do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) mostrou que, em 2023, o Brasil deixou a lista dos países com as menores coberturas vacinais infantis do mundo. Em 2021, o Brasil ocupava a sétima colocação da lista dos 20 países com os piores índices, ao lado de Índia, Afeganistão, México e Filipinas. O documento foi divulgado nesta segunda-feira (15).

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“Fechar a lacuna na imunização requer um esforço global, com governos, parceiros e líderes locais investindo em cuidados de saúde primários e trabalhadores comunitários para garantir que todas as crianças sejam vacinadas e que os cuidados de saúde gerais sejam reforçados”, afirmou a Diretora Executiva do Unicef, Catherine Russell.

Entre estes anos, o país registrou melhorias em 14 dos 16 imunizantes analisados pelos órgãos internacionais. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, relembra que o Brasil começou a ver a perda de conquistas importantes do programa de vacinação, como a erradicação da varíola e a eliminação da circulação do vírus da poliomielite.

“Mas nós revertemos esse cenário. Em fevereiro de 2023, logo que assumimos a gestão, demos largada no Movimento Nacional pela Vacinação, um grande pacto para a retomada das coberturas vacinais. O Zé Gotinha viajou pelo Brasil, levando a mensagem de que vacinas salvam vidas. E hoje, com o reconhecimento do Unicef e da Organização Mundial da Saúde, confirmamos que o Brasil se destacou positivamente com a retomada das coberturas vacinais”, defende.


Veja alguns destaques:

Vacinas DTP1 e DTP3

Os imunizantes DTP1, que protege contra difteria, tétano e coqueluche, e DTP3, administrada pelo programa nacional de imunização com o nome de vacina pentavalente, apresentaram bons resultados.


O número de crianças que não receberam nenhuma dose da DTP1 diminuiu de 687 mil em 2021 para 103 mil em 2023. Já os índices aquelas que não receberam a DTP3 caíram de 846 mil em 2021 para 257 mil em 2023.

Os dados também mostram que a cobertura vacinal do imunizante DTP1, no ano passado, ficou maior em sete pontos percentuais do que a média global, com 96% e 89%, respectivamente. Já no caso do outro imunizante, o índice brasileiro, de 90%, é seis pontos percentuais acima da média global, de 84%.


HPV

Já com a vacina de HPV, o estudo mostra que a cobertura da primeira dose entre meninas foi de 87% e de 73%, com a aplicação da dose única. Entre os meninos, os índices ficaram em 63% (uma dose) e 47% (dose única).

Outros avanços

Entre os destaques de crescimento estão: as vacinas contra a poliomielite (VIP e VOP), pentavalente, rotavírus, hepatite A, febre amarela, meningocócica C (1ª dose e reforço), pneumocócica 10 (1ª dose e reforço), tríplice viral (1ª e 2ª doses) e reforço da tríplice bacteriana (DTP). Nos 13 imunizantes que apresentaram recuperação, a média de alta foi de 7,1 pontos percentuais, sendo que nacionalmente a que mais cresceu em cobertura foi o reforço da tríplice bacteriana, com 9,23 pontos, passando de 67,4% para 76,7%. Ao avaliar a cobertura vacinal entre os estados, a maioria apresenta melhoria na cobertura das 13 vacinas citadas.

Cenário global de vacinação

Ao contrário do cenário nacional, os índices globais de vacinação mostraram que 2,7 milhões de crianças deixaram de ser vacinadas ou não completaram o esquema, em comparação com o cenário pré-pandemia “As últimas tendências demonstram que muitos países continuam a sentir falta de demasiadas crianças”, ressaltou Catherine.

Mais de metade das crianças não vacinadas vivem em 31 países com ambientes frágeis, afetados por conflitos e vulneráveis, onde as crianças são especialmente vulneráveis a doenças evitáveis devido a perturbações e à falta de acesso a serviços de segurança, nutrição e saúde.

Agenda de imunização 2030

O projeto, organizados pelas duas organizações internacionais, pretende alcançar 90% da cobertura para vacinas essenciais administradas na infância e adolescente, e reduzir pela metade o número de crianças que não receberam nenhum tipo de imunizante.

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