Cientistas descobrem composto químico que pode influenciar partos prematuros
Exposição à substância, comumente encontrada em cosméticos e esmaltes, aumenta de 14% a 16% a probabilidade de parto prematuro
Saúde|Do R7
![Partos prematuros são um risco para a mãe e o bebê](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/RBJQF3NXCNIKZHI4GTUUALROI4.jpg?auth=07d8ac7cc84a2e0fb708de242b13d3f2c3d8d3abbd9428d0a2d408593731b42c&width=1500&height=1001)
Uma pesquisa recente feita peloNational Institutes of Health,dos Estados Unidos,descobriu que mulheres que foram expostas a vários ftalatos durante a gravidez tiveram maior risco de passar por um parto prematuro – cerca de três ou mais semanas antes da data programada.
Os pesquisadores reuniram dados de mais de 6.000 mulheres grávidas dos Estados Unidos e analisaram a concentração da substância na urina de cada uma. Os ftalatos são compostos químicos presentes em produtos de cuidados pessoais, como cosméticos, e em detergentes e embalagens de alimentos, por exemplo.
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De acordo com um estudo publicado na National Library of Medicine, a cada ano nascem cerca de 135 milhões de crianças no mundo todo e, dessas, aproximadamente 15 milhões são prematuras.
“Ter um parto prematuro pode ser perigoso tanto para o bebê quanto para a mãe, por isso é importante identificar os fatores de risco que podem evitá-lo”, informou a epidemiologista do NIEHS (Instituto Nacional de Ciências da Saúde Ambiental) e autora sênior do estudo, Kelly Ferguson, em comunicado.
Metodologia
Os pesquisadores reuniram informações de 16 estudos que especificaram a exposição aos metabólitos de ftalatos na urina das participantes durante o pré-natal e no momento do parto. No total, foi feita uma análise de 6.045 dados de mulheres grávidas que deram à luz entre 1983 e 2018.
Entre elas, 539 tiveram um parto prematuro e em mais de 96% dos casos foram detectados metabólitos de ftalatos nas amostras.
O estudo encontrou e sequenciou 11 tipos de ftalato presentes na urina e concluiu que a exposição a quatro deles foi responsável pelo aumento de cerca de 14% a 16% da probabilidade de ter um parto prematuro. Essa pequena parcela do composto é comumente usada em esmaltes e cosméticos.
Os cientistas também constataram que a redução da exposição aos ftalatos em 50% previne os partos prematuros em cerca de 12%. A média foi obtida por meio de modelos estatísticos que simulavam o contato com a substância.
Prevenção
As medidas de prevenção recomendadas pelos pesquisadores são, de início, comportamentais, como tornar habitual a escolha de produtos de higiene pessoal sem ftalatos com base em uma avaliação do rótulo, comer alimentos frescos e caseiros, evitar processados (vendidos em recipientes ou embalagens plásticas) e optar por produtos sem fragrância.
Além disso, os profissionais afirmam que também são necessárias ações voluntárias de empresas para reduzir o nível de ftalatos em seus produtos ou mudar diretamente os padrões e regulamentações do nível aceitável do composto.
“É difícil para as pessoas eliminar completamente a exposição a esses produtos químicos na vida cotidiana, mas nossos resultados mostram que mesmo pequenas reduções em uma grande população podem ter impacto positivo tanto nas mães quanto nos filhos”, indicou o pós-doutorando no NIEHS e primeiro autor do estudo, Barrett Welch, em comunicado.
O grupo continua realizando estudos adicionais para detalhar melhor os mecanismos de atuação que tornam a exposição aos ftalatos prejudicial à gravidez e as formas mais eficazes de reduzir o contato com o composto.
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O tempo de gestação ideal é de 40 semanas, mas a partir de 38, o parto pode acontecer dentro da normalidade. O bebê que nasce antes de completar 37 semanas é considerado prematuro. Entre eles, existem os que são pouco prematuros porque nasceram com uma média de 36 semanas. Os extremamente prematuros são aqueles que nascem, em média, com 28 semanas. Os problemas que cada criança vai enfrentar estão ligados ao maior ou menor tempo em que ela ficou dentro do útero