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Cólicas, calafrios e fraqueza podem ser sinais de intoxicação alimentar

Saiba como se proteger do problema que ocorre muito no verão

Saúde|Do R7*

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Alimentos de praia, como frutos do mar, podem levar à intoxicação
Alimentos de praia, como frutos do mar, podem levar à intoxicação

Verão, calor e praia: a combinação dessas três palavrinhas que é uma delícia pode ser perigosa para o seu estômago, caso você não tome alguns cuidados. Com o aumento da umidade e as altas temperaturas, os alimentos transformam-se em um ambiente propício para a proliferação de bactérias, o que pode levar à intoxicação alimentar.

De acordo com o cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Moriah Amir Charruf, a intoxicação alimentar acontece quando a pessoa ingere alimento contaminado por bactérias ou por toxinas produzidas pelas bactérias. 


— Pode atingir o estômago, causando vômitos; o intestino, causando cólica e diarreia; e o intestino grosso, causando sangue nas fezes.

Ainda segundo o médico, outros sintomas são calafrios, dor muscular fraqueza e desidratação.


Alimentos lavados com água contaminada ou expostos a proliferações bacterianas, quando ingeridos, atingem o sistema gastrointestinal. O especialista ainda afirma que os mais propícios à contaminação são carnes cruas e malcozidas, leite mal pasteurizado, ovos, maionese e frutas e legumes lavados com água contaminada. Na água, a propagação de bactérias acontece por causa da evacuação de animais ou manipulação de recipientes já contaminados.

Por que na praia o perigo é maior?


Na praia, esse perigo de intoxicação é ainda maior, afirma Charrouf.

— Os alimentos de praia são armazenados sem refrigeração adequada, ficando expostos ao calor. Geralmente, cidades litorâneas não comportam a quantidade de pessoas que as visita na temporada, e há problemas de abastecimento, o que intensifica a contaminação.


Para se prevenir, a dica é levar alimentos de casa e mantê-los bem refrigerados. Caso o consumo na praia for inevitável, prefira produtos frescos, que não exijam armazenamento por longo período.

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Frutos do mar, ovos e maioneses costumam ficar expostos ao calor e à umidade por tempo prologado. Além disso, é bom ficar atento aos estabelecimentos que visita, buscando locais higiênicos.

Se mesmo assim, houver infecção, a pessoa pode fazer seu próprio diagnóstico. Horas depois de ingerir o alimento infectado, começam os primeiros sintomas, que devem durar, no máximo, alguns dias. A indicação do especialista é se hidratar e se manter alimentado com alimentos frescos e leves, como sopas, arroz e batatas bem cozidas e carnes grelhadas.

— Permaneça ingerindo alimento para o intestino se recuperar. Evite excessos, comida gordurosa, frituras e alimentos ácidos. Procure comidas sem tempero, sempre cozidas. Em geral, os sintomas duram algumas horas, mas podem perdurar por dias.

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Soro caseiro ajuda!

Outra dica é a hidratação com soro caseiro, que pode ser feita com soluções compradas na farmácia ou com água e partes iguais de sal e açúcar. Caso os sintomas persistam, Charrouf indica procurar um médico. Grupos de risco como crianças e idosos merecem maior atenção.

— Crianças e idosos são os grupos mais suscetíveis às contaminações e suas consequências. Na criança, o sistema não está inteiramente formado e, no idoso, já não funciona completamente. Neles, vômito e diarreia podem levar à desidratação mais rapidamente. Nem sempre a hidratação caseira é suficiente para reposição de nutrientes perdidos, e pode ser necessário levá-los ao hospital.

Colaborou: Juliana Santos, do R7

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