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Como ocorreu com MC Gui, crise de pânico pode parecer exaustão física

Cantor chegou a ir ao hospital com sintomas como suor, tremedeira e enjoo; exames revelaram que o problema não era físico, mas sim de saúde mental

Saúde|Giovanna Borielo, do R7*

O funkeiro MC Gui chegou a ir ao hospital por causa de ataque de pânico
O funkeiro MC Gui chegou a ir ao hospital por causa de ataque de pânico

Palidez, suor, tremedeira e enjoo. Os sintomas que levaram o funkeiro MC Gui ao hospital, 20, na última quinta-feira (27) pareciam ser estafa. "Eu não quis parar minha agenda e cheguei no limite do cansaço e estresse", declarou o funkeiro em seu Instagram. No entanto, conforme publicaria mais tarde, o problema ia além de esgotamento físico. Tratava-se de síndrome do pânico.

Episódios de síndrome do pânico, como o que acometeu o cantor, podem ocorrer em qualquer faixa etária, sendo as primeiras ocorrências mais comuns entre 15 e 20 anos.

Segundo o psiquiatra Cláudio Martins, diretor da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), durante o ataque, há uma grande descarga de adrenalina. Como resposta, a mente fica alerta a qualquer ameaça e o corpo reage à grande quantidade de hormônio na corrente sanguínea, o que gera sensações de suor, tremedeira e enjoo, por exemplo, como um aviso de que algo está errado.

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Martins afirma que os ataques de pânico são intensos e agudos, ou seja, as sensações aparecem de uma vez e de maneira intensa. "A pessoa acha que está tendo um piripaque, tem a sensação de morte ou loucura, e pode perder a noção da realidade no momento. Os sintomas podem aliviar logo, mas existe a possibilidade de retornarem também", explica.

O funkeiro, que afirmou na última sexta-feira (28) em sua conta do Instagram que se tratava de uma crise de pânico, não é o único que sofreu com o problema. Famosos como o sertanejo Gusttavo Lima, a top model Gisele Bündchen e a cantora americana Madonna já declararam terem sido afetados pelo problema.


As crises de pânico, muitas vezes, podem ser confundidas com outros problemas, como crises de ansiedade e estafa. De acordo com Martins, embora os sintomas se manifestem de maneiras parecidas, os problemas são diferentes.

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Ter ansiedade faz parte da natureza humana; ela se torna uma doença quando passa a ser desproporcional ao evento a qual está relacionada. Diferentemente do pânico, a crise de ansiedade é contínua e persistente, podendo ter sua intensidade aumentada de maneira progressiva. Martins afirma que a ansiedade, além dos efeitos de tremor, dor de estômago e suor, imobiliza a pessoa, impedindo a concentração, além de causar grande irritabilidade.

Já a estafa, conforme afirma o psiquiatra, é um processo de exaustão, que ocorre por uma alta demanada de estresse, que fica acima da capacidade do quanto a pessoa pode aguentar. "A exaustão fragiliza as pessoas em todos os aspectos e pode se manifestar de maneira parecida com a ansiedade extrema", completa o médico.

O diagnóstico da síndrome do pânico, e de outros transtornos relacionados à saúde mental, como a crise de ansiedade, é feito por um psquiatra. O tratemento engloba terapia e medicação, ou somente terapia, de acordo com a orientação do psquiatra. 

*Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini

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