Resumindo a Notícia
- Vacina da Pfizer é a primeira a receber registro definitivo da Anvisa
- O registro permite a vacinação em massa e a comercialização do produto além do SUS
- Aplicada em duas doses, o imunizante tem 94% de eficácia em prevenir a covid-19
- A vacina foi a primeira no mundo a ser liberada para uso
A vacina da Pfizer, desenvolvida em parceria com a empresa de biotecnologia alemã BioNTech, é aplicada em duas doses, com intervalo de três semanas entre elas, e foi a primeira aprovada para uso em países do Ocidente (Reino Unido), estando entre os imunizantes com a maior taxa de proteção contra a covid-19.
O imunizante contra a covid-19 é o primeiro a obter registro definitivo no país, concedido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nesta terça-feira (23) - a solicitação havia sido feita no dia 6 e o fabricante vinha negociando a venda de vacinas com o Ministério da Saúde desde abril de 2020.
Será a terceira vacina a ser utilizada no Brasil, além da CoronaVac e da vacina de Oxford, que estão sendo aplicadas por meio de autorização de uso emergencial.
Segundo um recente estudo israelense, a vacina da Pfizer tem 94% de eficácia em prevenir a covid-19 de maneira sintomática e de 92% em evitar casos graves. Segundo a farmacêutica, a eficácia global é de 95%. Além disso, outro estudo publicado na revista científica The Lancet mostrou que a primeira dose do imunizante é 85% eficaz de duas a quatro semanas após a aplicação.
A vacina é produzida por meio de RNA mensageiro, a qual não utiliza nenhum tipo de vírus, seja ele atenuado ou inativado. Nessa tecnologia, o RNA instrui o organismo a produzir um pedaço da proteína de pico do SARS-CoV-2, e é contra esses pedaços (inofensivos) do coronavírus que o sistema de defesa vai atuar e produzir anticorpos.
Em dezembro, dois profissionais de saúde da Inglaterra sofreram reação alérgica grave após receberem a primeira dose da vacina. Na ocasião, as agências reguladoras britânicas recomendaram às pessoas que possuem reações alérgicas graves a medicamentos, alimentos ou outras vacinas que evitem o imunizante.
A primeira pessoa vacinada no mundo contra a covid-19 recebeu uma dose do imunizante da Pfizer, em 8 de dezembro. Uma senhora de 90 anos chamada Margaret Keenan recebeu a aplicação na localidade de Coventry, região central da Inglaterra.