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Dançar funk pode contribuir para problemas na coluna e hérnias

Esforços repetitivos e impacto do movimento geram desgastes dos discos vertebrais, afirma especialista; cantora Ludmilla trata de três hérnias de disco 

Saúde|Giovanna Borielo, do R7*

Ludmilla teve que cancelar apresentações por conta de hérnias de disco
Ludmilla teve que cancelar apresentações por conta de hérnias de disco Ludmilla teve que cancelar apresentações por conta de hérnias de disco

Dançar funk, por conta de esforços repetitivos e pelo impacto causado pelo uso de sapatos de salto, pode contribuir para o desenvolvimento de hérnias de disco e outros problemas relacionados à coluna, como dor muscular e artrose, afirma o ortopedista Alexandre Fogaça, do Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas da USP (HCFMUSP). Neste domingo (12), a cantora Ludmilla, 24, teve que cancelar suas apresentações devido a dores causadas por três hérnias de disco.

De acordo com Fogaça, a hérnia de disco tem causas multifatoriais, podendo ser causada pela pré-disposição genética, movimentos bruscos, impactos, esforços repetitivos, idade, peso, sedentarismo e má postura.

No caso do funk, ao realizar o movimento do "quadradinho", há rotação da coluna e a realização de um esforço repetitivo, o que prejudica essa estrutura óssea e desgasta os discos vertebrais.

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Fogaça afirma que atletas costumam ter problemas ortopédicos por conta das repetições de esforços, pelo impacto e pela movimentação brusca. Isso acontece porque o esporte, assim como a dança profissional, por conta dos treinamentos intensos, acaba passando do nível que é considerado saudável, gerando desgastes prematuros do aparelho locomotor.

Porém, o especialista não recomenda o sedentarismo. "São dois extremos de um mesmo problema. O excesso de treino e a falta de exercícios, nenhum deles é bom", afirma.

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O fator emocional também pode gerar influência para as dores nas costas, mas não em uma hérnia. O ortopedista afirma que pessoas que tenham depressão, ansiedade ou estejam passando por problemas são mais propensas a ter dores na região lombar (lombalgia).

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Fogaça afirma que o ideal, seja ao dançar funk ou para outros esportes, é praticá-los com moderação e sem movimentos bruscos. O ortopedista também recomenda a realização de atividades benéficas para a coluna, como pilates, hidroginástica e natação, para fortalecer a musculatura da região da cintura, proteger a coluna e compensar os exageros cometidos pelos outros esforços.

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Em casos de hérnias, como o da cantora, geralmente é realizado o tratamento de maneira conservadora, com repouso, analgésicos para a dor e a reabilitação por meio de fisioterapia e RPG. Casos mais graves, quando há perda de força, alterações no controle de urina e fezes ou em que há a falha do tratamento conservador após dois meses, podem exigir a realização de uma cirurgia.

"Após a recuperação, esses profissionais que precisam realizar esses esforços podem voltar gradualmente para suas atividades, mas devem ter maior atenção com sua coluna e praticar exercícios de fortalecimento para evitar novos problemas", afirma o médico.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini

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