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Éris: nova variante do coronavírus é perigosa? Entenda riscos no Brasil e no mundo

Cepa do vírus causador da Covid já se espalhou em mais de 50 países; Brasil registrou primeiro caso na quinta-feira

Saúde|Do R7

Em alguns países, Éris já é dominante
Em alguns países, Éris já é dominante Em alguns países, Éris já é dominante

Uma nova cepa do vírus causador da Covid-19 tem chamado atenção nas últimas semanas. Conhecida popularmente por Éris, a EG.5 é uma subvariante da Ômicron, atualmente o tipo mais comum no mundo. A OMS (Organização Mundial da Saúde) já registrou casos dessa cepa em ao menos 51 países. O Brasil confirmou o primeiro caso da nova variante, em São Paulo, segundo informações do Ministério da Saúde.

De acordo com a pasta, a notificação veio do Estado de São Paulo na noite de quinta-feira (17). Trata-se de uma paciente do sexo feminino, com 71 anos, que reside na capital paulista. O Cievs (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde) informou que a paciente já está curada.

Apesar da confirmação, a pasta ressalta que a situação permanece estável no país e afirma que monitora permanentemente o cenário epidemiológico da doença.

Especialistas também têm ressaltado que não há motivos para alarmismo, mas falam da importância de as pessoas estarem atentas à cobertura vacinal.

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Isso porque, apesar da percepção geral de que variantes como a Ômicron resultam em infecções menos graves, estar protegido é fundamental.

"Ela só é menos perigosa se as pessoas se vacinarem. Já há dados sobre a Ômicron — não especificamente sobre a Éris — que demonstram que essa percepção de ela gerar doença menos grave não é por características dela, mas sim pela vacinação", afirma a biomédica Mellanie Fontes-Dutra, da Rede Análise Covid-19.

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Quais são os sintomas da variante Éris?

Os sintomas da Éris são os mesmos vistos em casos anteriores de Covid, como coriza, espirros e tosse seca e contínua. Febre e dor de garganta também podem aparecer.

Devido às notícias sobre a Éris, muitas pessoas e até mesmo instituições decidiram retomar o uso de máscaras.

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No Rio, a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) emitiu comunicado nesta quarta-feira (16), em que recomenda o uso da proteção em ambientes fechados e em aglomerações em suas dependências.

Nesta quinta-feira (17), porém, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), afirmou em uma rede social que a prefeitura da cidade "é contrária a essa medida".

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, manifestou-se sobre o cenário da Covid-19 nesta sexta-feira (18), após a confirmação do primeiro caso da subvariante Éris no Brasil. Pelo Twitter, ela reforçou que "a vacina é ainda a melhor forma de proteção".

"É importante manter a carteira de vacinação em dia. Pessoas há mais de um ano sem vacina contra a Covid-19, principalmente aquelas em grupos prioritários, precisam receber a dose de reforço das vacinas bivalentes", escreveu, acrescentando que "no momento, ainda não há evidências de que a EG.5 [Éris] ou a BA.6 escapem à imunização ou impactem em casos graves".

Aqui no Brasil, a ministra ressaltou que a orientação para o uso de máscaras é direcionada "apenas a pessoas imunocomprometidas" — indivíduos transplantados de órgãos sólidos, em tratamento contra o câncer, com doenças autoimunes, portadores de HIV/Aids ou com alguma imunodeficiência congênita.

A SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) estende a recomendação do uso de máscaras a idosos e gestantes em locais fechados e com aglomeração de pessoas.

Qual o risco em outros países?

A cepa possui mutações que conferem maior capacidade de transmissão e de escape imune, tornando-a capaz de aumentar o número de casos mundialmente.

Nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, a Éris já é a cepa dominante. Nos EUA, as autoridades de saúde pretendem administrar à população doses de reforço de vacinas contra o coronavírus feitas com uma nova fórmula.

O imunizante é voltado às subvariantes XBB, que foram responsáveis pela maioria das infecções em 2023.

Apesar dessas características, a OMS classificou a EG.5 como de baixo risco para a saúde pública em nível global, uma vez que não apresentou mudanças no padrão de gravidade da doença (hospitalização e óbitos) quando comparada às demais.

Vale lembrar que, ainda que a OMS tenha decretado o fim da emergência em saúde há mais de três meses, a Covid-19 persiste: segundo dados da própria organização, cerca de 300 mil casos da doença foram registrados no planeta nos últimos sete dias.

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