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Erro de diagnóstico leva a avanço de câncer colorretal abaixo dos 50 anos

Estudo norte-americano mostra que mais de 70% das pessoas com menos de 50 anos tiveram que ir em ao menos dois médicos para descobrirem a doença

Saúde|Deborah Giannini, do R7

Diagnósticos tardios de câncer colorretal levam a tratamentos mais agressivos
Diagnósticos tardios de câncer colorretal levam a tratamentos mais agressivos Diagnósticos tardios de câncer colorretal levam a tratamentos mais agressivos

Muitas pessoas com câncer colorretal antes dos 50 anos foram inicialmente mal diagnosticadas, o que levou a doença a um estágio avançado.

Essa é a conclusão de um estudo realizado pela Colorectal Cancer Alliance, organização norte-americana de apoio a pacientes, divulgado pela American Association for Cancer Research (AACR).

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Apesar do declínio da incidência da doença em idosos, houve um crescimento rápido e alarmante da incidência de câncer colorretal entre jovens adultos nas últimas décadas, segundo o principal autor da pesquisa, Ronit Yarden, diretor de assuntos médicos do Colorectal Cancer Alliance.

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“Ainda não sabemos a causa do aumento da incidência em pacientes mais jovens e há pouca consciência dessa tendência entre os profissionais de saúde”, afirmou durante coletiva de imprensa divulgada pela AACR.

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O AACR ressalta que pesquisas anteriores mostram que pacientes com câncer colorretal abaixo de 50 anos são frequentemente diagnosticados em fases posteriores da doença, o que exige tratamentos mais agressivos e leva a baixas taxas de sobrevivência.

Neste estudo, a Colorectal Cancer Alliance realizou uma pesquisa abrangente sobre as experiências clínicas, psicossociais, financeiras e de qualidade de vida dos pacientes.

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Cerca de 70% foi diagnosticado em estágio avançado

Ao todo, o estudo entrevistou 1.195 pessoas. Cerca de 57% delas receberam o diagnóstico entre 40 e 49; 33%, entre 30 e 39 anos e cerca de 10% antes dos 30.

Em torno de 30% relataram história familiar de câncer colorretal e 8% foram diagnosticados com síndrome de Lynch, uma síndrome genética associada a um maior risco de câncer, em geral.

O estudo ainda constatou que 70% dos entrevistados foram diagnosticados no estágio 3 ou 4, os mais avançados da doença, o que contrasta com pacientes acima de 50 anos, significativamente mais propensos a serem diagnosticados nos estágios 1 e 2.

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Cerca de 60% dos entrevistados afirmaram que esperaram de 3 a 12 meses para procurar um médico após o início dos sintomas, pois não os reconheciam como sendo de câncer.

Em torno de 77% consultaram pelo menos dois médicos antes de receber o diagnóstico correto, de câncer colorretal. Alguns entrevistados tiveram que ir em até quatro médicos. O pesquisador frisa que muitos desses pacientes foram inicialmente diagnosticados erroneamente, levando a atrasos no tratamento.

Sintomas são confundidos com hemorroida

Yarden afirma que o câncer colorretal pode ser difícil de diagnosticar em qualquer paciente porque os sintomas, que vão desde cólica abdominal e fagida a perda de peso e sangue nas fezes, podem estar associados a diferentes condições.

“Os médicos podem atribuir os sintomas de pacientes jovens a hemorróidas ou síndrome inflamatória do intestino e podem não ter a urgência em encaminhá-los para exames que detectam o câncer colorretal em estágio inicial”, disse.

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Ele frisa que é preciso que os jovens estejam cientes de que o câncer colorretal pode acontecer em qualquer idade. “Não é uma doença de pessoas idosas”, afirma. “Todos deveriam escutar seu corpo e, caso não se sintam bem, têm de ir ao médico e fazer exames”.

A recomendação, de maneira geral, é que se iniciem os exames preventivos a partir dos 45 anos. Já pessoas com histórico familiar de câncer colorretal devem realizá-los 10 anos antes da idade que o parente teve o diagnóstico da doença, segundo a AACR.

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