Estados Unidos irá aumentar produção de máscaras de proteção
REUTERS/Carlo AllegriOs Estados Unidos começarão a rastrear os viajantes em busca de infectados com coronavírus e aumentarão a produção de máscaras e kits de teste. Enquanto o governo luta para tranquilizar os americanos, a doença se espalha e as empresas cancelam conferências e voos.
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Neste domingo (01), funcionários do governo e Trump tentaram acalmar o pânico do mercado de que o coronavírus poderia causar uma recessão global, dizendo que o público reagiu demais e que as ações se recuperariam devido à força subjacente da economia americana.
O primeiro americano morreu de coronavírus, um homem de 50 anos no estado de Washington, neste sábado. Eles ainda não sabem como ele contraiu a doença.
Os EUA confirmaram outros dois casos e fechou um centro de tratamento de longo prazo, onde um residente e um trabalhador também apresentaram resultado positivo para coronavírus e 50 residentes e funcionários estão apresentando sintomas.
Cerca de 70 casos foram relatados nos Estados Unidos, sendo a maioria na costa oeste, mas novos na região de Chicago e Rhode Island.
Os mercados acionários caíram na semana passada, com um índice de ações globais estabelecendo sua maior queda semanal desde a crise financeira de 2008, e mais de US $ 5 trilhões eliminaram o valor das ações no mundo inteiro.
Uma importante conferência de energia em Houston, que reúne ministros do petróleo e empresas de energia, foi cancelada com os organizadores da CERAWeek. Como os exames de saúde nas fronteiras estão mais restritivos, as empresas começaram a proibir viagens não essenciais para proteger os trabalhadores.
Também foi cancelada uma conferência de economia mundial com o papa Francisco, que ocorreria na Itália, no final deste mês.
O presidente Donald Trump disse que os viajantes dos Estados Unidos de países com alto risco de coronavírus seriam rastreados antes do embarque e da chegada, sem especificar quais países.
A Delta Air Lines informou no domingo que suspende até maio os vôos para Milão, no norte da Itália, onde a maioria dos casos de coronavírus do país foi registrada. Os voos continuarão para Roma. O American Airlines Group anunciou um movimento semelhante no final do sábado.
Os Estados Unidos têm 75.000 kits de teste para coronavírus e serão produzidos em maior número "radicalmente" nas próximas semanas, disse o secretário de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Alex Azar, à "This Week", da ABC, no domingo.
O vice-presidente Mike Pence disse que o governo contratou a 3M Co para produzir 35 milhões de máscaras respiratórias extras por mês. Ele pediu aos americanos que não comprassem as máscaras, que, segundo ele, eram necessárias apenas pelos profissionais de saúde. A Honeywell International Inc é o outro grande produtor de máscaras dos EUA.
Ele também disse à Fox News que os ensaios clínicos de uma vacina contra o coronavírus começariam em seis semanas, mas que provavelmente não estará disponível nesta temporada.
Os democratas, que desafiarão Trump à presidência nas eleições de 3 de novembro, criticaram seu governo por subestimar a crise e não se preparar para a doença se espalhar nos Estados Unidos.
Pence, nomeado na semana passada para administrar a resposta ao coronavírus da Casa Branca, disse que os americanos deveriam se preparar para mais casos, mas que a "grande maioria" daqueles que contraíram a doença se recuperaria.
“Além das áreas em que há indivíduos infectados com o coronavírus, as pessoas precisam entender que, para o americano médio, o risco permanece baixo. Estamos prontos ”, disse Pence à NBC,“ Meet the Press ”.
Os Estados Unidos impuseram limites aos viajantes que visitaram o Irã e recomendaram não viajar para áreas atingidas pela Itália e Coréia do Sul.
Trump disse no sábado que os Estados Unidos também estão considerando fechar a fronteira sul do país com o México para controlar a propagação do vírus, acrescentando: "Esperamos que não tenhamos que fazer isso".
O México registrou quatro casos de coronavírus. Seu Ministério das Relações Exteriores disse no sábado que os dois governos estão em "comunicação estreita e eficaz, especialmente as autoridades de saúde".