Após a disseminação da variante Ômicron no Brasil, a positividade em testes que detectam a presença do Sars-CoV-2 no organismo saltou de 3% para 37% nas testagens realizadas nos laboratórios da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Em nota divulgada nesta terça-feira (1º), a fundação informou que esse mesmo indicador foi de 3% em todo o último mês de dezembro.
Vale destacar que o país vem registrando recordes consecutivos dos números de novos casos diagnosticados da doença por dia, ultrapassando a marca de 269 mil em apenas um dia.
Leia também
A coordenadora do Escritório de Testagem da Fiocruz, Maria Clara Lippi, ressaltou que além do aumento na taxa de positividade, também houve um crescimento no acesso e no processamento de testes.
“Em menos de um mês, passamos de uma média semanal de 25.000 testes liberados com menos de 5% de positividade (dezembro/2021), para um patamar de processamento que cresce a cada semana e já supera 100.000 amostras por semana e 30% de positividade (janeiro/2022)”, disse, por meio da nota.
Os dados divulgados pela Fiocruz não contemplam a análise de testes rápidos, apenas das amostras coletadas por meio dos testes RT-PCR, considerados padrão para a detecção do vírus.
De acordo com a coordenadora-geral da Unadig (Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19), Erika de Carvalho, destaca que a explosão de novos casos ocorreu após as confraternizações de fim de ano, que facilitaram a disseminação da Ômicron, mas considera que esta nova onda pode ser sazonal.
“Isso fez com que a Ômicron expandisse e contaminasse uma quantidade tão grande de pessoas. Sabemos que ela é uma cepa cujo contágio é mais fácil e isso explica bem os números”, afirmou.