Mais de 130 subvariantes da Ômicron foram detectadas na China, dizem autoridades
De acordo com especialista, as principais em circulação são a BA.5.2 e BF.7 e há, ao menos, outras 50 'importadas'
Saúde|Do R7
Mais de 130 subvariantes da Ômicron, do coronavírus, causador da Covid-19, foram detectadas na China nos últimos três meses e classificadas como um fardo elevado pela Comissão Nacional de Saúde, citada pelo portal de notícias econômicas Yicai.
Segundo o diretor do Instituto Nacional de Controle e Prevenção de Doenças Virais, Xu Wenbo, as subvariantes BA.5.2 e BF.7 continuam sendo as mais habituais nos contágios detectados no país.
No entanto, a circulação de subvariantes como BQ.1 e XBB — dominantes nos Estados Unidos e em alguns países europeus — está aumentando, razão pela qual Xu declarou situação de coexistência com os dois ramos mencionados e outros 50 "importados".
Nas últimas semanas, as autoridades chinesas retiraram parcialmente as medidas rigorosas que compõem sua estratégia de tolerância zero contra o coronavírus, e garantiram que essa "nova situação" do vírus causa menos mortes.
No entanto, o fim da obrigação de realizar testes de rotina de PCR para a maior parte da população resultou em uma detecção de casos sensivelmente menor.
Nos últimos dias, também surgiram dúvidas sobre a fidelidade dos dados oferecidos pelas autoridades sanitárias, segundo um especialista citado pela imprensa oficial, pelo fato de que as mortes causadas por doenças subjacentes em pacientes que foram infectados pelo coronavírus não são contabilizadas como mortes por Covid.
O abrandamento das restrições veio por causa do cansaço da situação, que culminou em protestos em vários pontos do país após a morte de dez pessoas num edifício aparentemente trancado em Urumqi (noroeste), com slogans como "Não quero PCR, quero comer" ou "Devolva minha liberdade".
O governo afirma que salvou milhares de vidas através da política de "Covid zero", que consiste em isolamento de todos os infectados e dos seus contatos próximos, fronteiras rigorosamente controladas, confinamento parcial ou total dos locais onde são detectados casos e testes de PCR constantes na população urbana.
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