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Maradona: entenda possíveis causas da parada cardiorrespiratória

Especialista aponta o uso continuado de drogas como um dos fatores que contribui para o quadro; craque morreu hoje, em casa

Saúde|Do R7

O jogador de futebol Diego Maradona, 60, morreu nesta quarta-feira (25) ao sofrer uma parada cardiorrespiratória em casa, segundo divulgou seu advogado. Há várias causas para a interrupção dos batimentos cardíacos do coração, a mais frequente é o infarto do miocárdio, de acordo com o cardiologista Marcelo Sampaio, da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

"Uma vez que você tem o fechamento da artéria coronariana e o sangue não chega ao coração, ele para de bater", descreve. Ele destaca que 50% dos casos não chegam a ser atendidos em hospitais.

"O que temos nos hospitais é apenas uma amostra do total de casos. Há pessoas que morrem em casa, no trabalho, em parques. São mortes súbitas, ou seja, que acontecem em até uma hora após o início dos sintomas", afirma.

Arritmia e complicações neurológicas - como AVC (Acidente Vacular Cerebral) e o rompimento de aneurismas cerebrais - também podem levar à paradas cardiorrespiratórias, segundo o especialista.


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Ele cita também a embolia pulmonar como uma possível razão para o problema. Trata-se da obstrução das artérias dos pulmões por coágulos sanguíneos. "Esse coágulo, por algum motivo, se desprende da região em que foi formado, geralmente as pernas, e vai parar no pulmão", explica.


Sampaio observa que o astro do futebol argentino já tinha algumas características e hábitos que constituem fatores de risco para a ocorrência de uma parada cardiorrespiratória, como o uso de drogas e a obesidade. Estresse, sedentarismo, diabete, colesterol e pressão alta também aumentam a possibilidade de ocorrer o problema.

"No caso do Maradona, ele já tinha uma insuficiência cardíaca. Provavelmente, a submissão do coração a situações de pressão e estresse podem ter desencadeado infarto", analisa. "Mas o uso continuado de drogas ilícitas foi um dos fatores que contribuíram para essa triste notícia", completa.


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Ele acrescenta que a idade avançada, em contrapartida, não é mais considerada um fator de risco. "No caso, pessoas de 75 anos eram consideradas mais vulneráveis [à parada cardíaca], mas hoje, por si só, não é mais, pois a assistência médica evoluiu e as pessoas estão vivendo muito mais", conclui.

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