Médica viraliza ao realizar endoscopia nela mesma; entenda como é feito o exame
O procedimento costuma ser realizado com sedação e permite ver o esôfago, o estômago e o início do intestino
Saúde|Giovanna Borielo, do R7
A gastroenterologista Majidah Bukhari, de Dubai, viralizou após a publicação de um vídeo em que ela faz um exame de endoscopia em si mesma. Segundo o gastroenterologista inglês Keith Siau, um dos médicos que repercutiram o vídeo, a médica fez o exame em si mesma para mostrar a seus alunos que a endoscopia pode ser realizada sem sedação, de modo indolor e sem nenhum desconforto, sendo bem tolerada.
Veja o vídeo:
O médico endoscopista Giulio Rossini, do Centro Especializado do Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica que a endoscopia é feita a partir da introdução de uma câmera alocada na ponta de um aparelho, controlada por um especialista na realização do exame, possibilitando a análise do estômago e de parte do intestino.
Para tal execução, o médico afirma que, geralmente, são incluídos os exames de endoscopia digestiva alta, que verifica o esôfago, o estômago e o início do intestino delgado, e a endoscopia digestiva baixa, ou colonoscopia, que examina o reto, o intestino grosso e o fim do intestino delgado.
Os exames são recomendados na prevenção de cânceres ou se houver algum sintoma, como sangramentos, dor e queimação. A endoscopia ajuda no diagnóstico de problemas como úlceras, refluxo e gastrite, completa a médica pós-graduada em endocrinologia Lorena Balestra.
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Os especialistas alegam que o uso da sedação é recomendado para promover maior conforto ao paciente, que permanecerá imóvel durante o procedimento, e reduzir a ansiedade, sem os reflexos naturais do corpo, que o aparelho digestivo teria com o instrumento na garganta. Assim, a falta de sedação pode dificultar a realização do exame e provocar uma falha no diagnóstico.
"Em algumas situações, a endoscopia pode ser feita sem sedação, geralmente quando o paciente prefere ou não pode receber sedativos devido a condições médicas. Isso pode ser desconfortável, mas é viável", avalia Balestra. "É possível uma pessoa treinada fazer uma endoscopia em si mesma, como mostrado no vídeo, mas é raro. Geralmente, requer habilidades avançadas e treinamento específico, além de um bom entendimento da técnica e dos riscos envolvidos."
Rossini lembra que, entre os riscos da realização do exame dessa maneira englobam, além do desconforto, a possibilidade de resultados incorretos e impactos emocionais ao se deparar com imagens que necessitem de maiores intervenções. Além disso, a endocrinologista cita a coordenação e a visibilidade limitadas, o que pode gerar lesões na mucose ou em órgãos.
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Os médicos dizem que a recuperação após o exame costuma ser rápida. Quando há a sedação, é preciso o acompanhamento médico, com a checagem dos sinais vitais, até que o paciente esteja desperto e seja capaz de engolir substâncias líquidas ou sólidas.
É preciso que haja um acompanhante adulto, pois o paciente pode ficar sonolento e incapaz de tomar decisões.
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