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Micropênis ocorre por deficiência de testosterona no feto. Saiba mais

Se identificado na infância, pode ser revertido com reposição hormonal; condição não é hereditária e, em alguns casos, está associada a síndromes 

Saúde|Do R7

Apenas 1% dos homens que se preocupam com o tamanho têm micropênis
Apenas 1% dos homens que se preocupam com o tamanho têm micropênis Apenas 1% dos homens que se preocupam com o tamanho têm micropênis

O micropênis, que, por definição, tem menos de 4 cm em estado de flacidez e menos de 7 cm, em ereção, é determinado ainda na barriga da mãe. A condição está relacionada à deficiência fetal de testosterona durante a gestação e pode ou não estar associado a síndromes genéticas, segundo o urologista Giuliano Aita, coordenador do setor de Saúde Sexual da Sociedade Brasileira de Urologia.

"A deficiência de testosterona é do feto e não da mãe. O problema pode também estar relacionado não ao hormônio, mas sim a uma alteração no testículo. É importante ter o diagnóstico para procurar a causa e estabelecer o tratamento. Como a causa mais frequente é a deficiência hormonal, é possível fazer suplementação na infância, época de desenvolvimento do pênis", afirma.

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Segundo ele, a condição pode ser identificada já na infância e geralmente está associada à atrofia testicular. "Além disso, se observada alguma anormalidade no comprimento ou no aspecto do pênis, o pediatra irá encaminhar o paciente para um urolopediatra", explica.

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O médico ressalta que é fundamental o acompanhamento do bêbe do sexo masculino para detectar a criptorquidia, como é chamada a ausência dos testículos na bolsa escrotal. "Essa pode ser uma das causas do micropênis, pois vai interferir na produção hormonal na puberdade. A criptorquidia tem que ser resolvida no primeiro ano de vida", afirma. 

Cirurgias oferecem riscos

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Se a causa do micropênis não for identificada e tratada na infância ou, até o final da puberdade, quando o pênis para de se desenvolver, segundo Aita, não haverá chance de o problema ser revertido na vida adulta.

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"Existem várias técnicas cirúrgicas, mas nenhuma é consagrada, pois podem comprometer a funcionalidade e apresentam risco de fibrose e infecções, além de alteração na angulação do pênis quando ereto", diz.

Entre elas estão a secção do ligamento suspensor do pênis, na qual o ligamento é seccionado no osso, deixando-o mais solto e, assim, obtém-se ganho de tamanho, e a lipoaspiração da gordura pré-púbica, que, ao diminuir a gordura na região, deixa o pênis mais aparente. Para aumentar o diâmetro, há a lipoescultura feita com gordura do próprio paciente.

Mas, embora muitos homens se sintam constrangidos, o fato de ter micropênis não costuma interferir na funcionalidade do órgão e na fertilidade, a não ser quando está associado a síndromes genéticas, segundo o médico. "Eles podem ser pais", afirma.

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Aita ressalta que a grande maioria que teme ter um micropênis, na verdade não apresenta o problema. "Apenas 1% dos homens que se queixam do tamanho do pênis e vêm ao consultório têm o problema. Na maioria das vezes, eles têm o pênis normal, mas uma visão distorcida do comprimento peniano. Pode se tratar do chamado transtorno dismorfico corporal no qual o indivíduo tem um pensamento fixo e uma impressão errônea sobre essa parte do corpo. Nesses casos, o tratamento é psicológico", finaliza.

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