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Ministério da Saúde estuda incorporar remdesivir ao SUS

Antiviral foi aprovado nesta sexta pela Anvisa para tratamento pacientes hospitalizados com covid sem uso de respirador

Saúde|Do R7

Custo do tratamento com remdesivir fora do país gira em torno de R$ 17 mil
Custo do tratamento com remdesivir fora do país gira em torno de R$ 17 mil

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, afirmou nesta sexta-feira (12) que a pasta analisa a possibilidade de incorporar o antiviral remdesivir para tratamento de pacientes com covid-19 no SUS (Sistema Único de Saúde).

"O ministério está estudando os dados científicos recebidos do laboratório [Gilead Sciences] para uma análise segura e o mais breve possível para que possamos identificar os processos administrativos necessários para disponibilizar para o tratamento dos pacientes acometidos de covid no estágio a que ele deve ser aplicado."

A droga foi aprovada hoje de manhã pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para uso em alguns casos de covid-19 somente em hospitais.

Os pacientes precisam cumprir critérios como:


• Ser adulto ou adolescente acima de 12 anos;

• Ter peso mínimo de 40 kg;


• Estar hospitalizado com diagnóstico de covid-19 confirmado;

• Apresentar pneumonia causada pelo coronavírus;


• Necessitar de oxigênio suplementar (não é aplicado em pacientes com ventilação mecânica ou oxigenação por membrana extracorporal).

Fora do país, o tratamento padrão de cinco dias com remdesivir custa US$ 3.120 (cerca de R$ 17,3 mil no câmbio de hoje).

No entanto, o valor no Brasil ainda precisa ser definido pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos).

O que é

O remdesivir foi desenvolvido inicialmente para o tratamento da hepatite C e utilizado de forma experimental contra o ebola. Pesquisa em camundongos mostrou que o remédio tinha capacidade de combater a SARS (síndrome respiratória aguda grave) e a MERS (síndrome respiratória do Oriente Médio), doenças provocadas por micro-organismos similares ao SARS-CoV-2.

A Anvisa levou em conta para a aprovação dados do estudo do medicamento que mostram uma redução do tempo médio de hospitalização em pacientes que fizeram uso do remdesivir.

Em um ensaio comparativo, pessoas internadas com covid-19 que receberam a droga ficaram cerca de 10 dias no hospital, enquanto os que não receberam permaneceram por 15 dias.

A droga já foi aprovada para uso nos Estados Unidos, Canadá, União Europeia, Austrália, entre outros.

Em outubro do ano passado, um estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) concluiu que o remdesivir não tem influência positiva no tempo de internação. Os resultados foram questionados pela Gilead.

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