Resumindo a Notícia
- Ministra da Saúde reforçou a importância de fortalecer os sistemas de saúde.
- Nísia relembrou os impactos da pandemia de Covid no mundo, principalmente no Brasil.
- Em discurso, a ministra também falou da importância do financiamento da Saúde.
- Nísia comentou a necessidade de uma reforma da arquitetura global da saúde.
Ministra da Saúde relembrou os impactos da Covid em todo o mundo em seu discurso
Marcelo Camargo/Agência BrasilAo participar da 76ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, na Suíça, a ministra Nísia Trindade disse, nesta segunda-feira (22), que "o Brasil está de volta", o que, segundo ela, significa a retomada da defesa da equidade na saúde, da cultura de paz e do multilateralismo, "fundamentais nestes tempos".
Em seu discurso, Nísia lembrou os 6 milhões de mortos pela pandemia de Covid-19 em todo o planeta, 700 mil deles no Brasil, "com grave impacto nos sistemas de saúde, na saúde mental e na economia". "Precisaremos de sistemas nacionais de saúde mais preparados para as emergências que virão."
A ministra da Saúde defendeu ainda o enfrentamento de desafios relacionados às mudanças climáticas e seus impactos na área de saúde. "Recordemos que mais da metade do tempo para realizar os ODS [Objetivos de Desenvolvimento Sustentável] já transcorreu, e, a despeito de alguns avanços, estamos em grande parte do mundo em situação pior do que antes da Covid-19."
A saída, segundo Nísia, é fortalecer sistemas de vigilância e de saúde como um todo, além de buscar mais inovação, transferência de tecnologia e financiamento voltados para sistemas de saúde mais equitativos. "Em tempos de inteligência artificial e avanços na saúde digital, é crucial que essas sejam ferramentas acessíveis e eticamente orientadas."
"Temos de descentralizar a produção de medicamentos, vacinas e insumos estratégicos para garantir o acesso equitativo em todo o mundo; trabalhar para reduzir as desigualdades, entre elas, a desigualdade de acesso aos benefícios do conhecimento científico e tecnológico. Desigualdade faz mal à saúde."
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Para a ministra, não será possível alcançar tais objetivos sem o que ela chama de reforma da arquitetura global da saúde, que deve torna-lá mais ágil e coesa, pôr a OMS (Organização Mundial da Saúde) no centro desse processo e reduzir as desigualdades entre países e regiões.
"Reforço a proposição que o Brasil traz a essa assembleia, de uma resolução com defesa do respeito às especificidades da saúde dos povos indígenas", disse. "O Brasil voltou para somar sua voz e sua atuação em defesa da equidade em saúde, da paz e da solidariedade internacional", concluiu.
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