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Ministra da Saúde reforça que sistemas de saúde devem se preparar às 'emergências que virão'

Em discurso, Nísia Trindade relembrou os impactos da pandemia de Covid, especialmente no Brasil, onde houve 700 mil mortes

Saúde|Da Agência Brasil

Ministra da Saúde relembrou os impactos da Covid em todo o mundo em seu discurso
Ministra da Saúde relembrou os impactos da Covid em todo o mundo em seu discurso

Ao participar da 76ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, na Suíça, a ministra Nísia Trindade disse, nesta segunda-feira (22), que "o Brasil está de volta", o que, segundo ela, significa a retomada da defesa da equidade na saúde, da cultura de paz e do multilateralismo, "fundamentais nestes tempos".

Em seu discurso, Nísia lembrou os 6 milhões de mortos pela pandemia de Covid-19 em todo o planeta, 700 mil deles no Brasil, "com grave impacto nos sistemas de saúde, na saúde mental e na economia". "Precisaremos de sistemas nacionais de saúde mais preparados para as emergências que virão."

A ministra da Saúde defendeu ainda o enfrentamento de desafios relacionados às mudanças climáticas e seus impactos na área de saúde. "Recordemos que mais da metade do tempo para realizar os ODS [Objetivos de Desenvolvimento Sustentável] já transcorreu, e, a despeito de alguns avanços, estamos em grande parte do mundo em situação pior do que antes da Covid-19."

A saída, segundo Nísia, é fortalecer sistemas de vigilância e de saúde como um todo, além de buscar mais inovação, transferência de tecnologia e financiamento voltados para sistemas de saúde mais equitativos. "Em tempos de inteligência artificial e avanços na saúde digital, é crucial que essas sejam ferramentas acessíveis e eticamente orientadas."


"Temos de descentralizar a produção de medicamentos, vacinas e insumos estratégicos para garantir o acesso equitativo em todo o mundo; trabalhar para reduzir as desigualdades, entre elas, a desigualdade de acesso aos benefícios do conhecimento científico e tecnológico. Desigualdade faz mal à saúde."

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Para a ministra, não será possível alcançar tais objetivos sem o que ela chama de reforma da arquitetura global da saúde, que deve torna-lá mais ágil e coesa, pôr a OMS (Organização Mundial da Saúde) no centro desse processo e reduzir as desigualdades entre países e regiões.


"Reforço a proposição que o Brasil traz a essa assembleia, de uma resolução com defesa do respeito às especificidades da saúde dos povos indígenas", disse. "O Brasil voltou para somar sua voz e sua atuação em defesa da equidade em saúde, da paz e da solidariedade internacional", concluiu.

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