Saúde Moradores abandonam exercícios nas regiões dos parques fechados

Moradores abandonam exercícios nas regiões dos parques fechados

Locais em SP tiveram entrada proibida como medida de prevenção

  • Saúde | Caíque Alencar, estagiário do R7

População enfrenta longas filas para se vacinar contra a febre amarela

População enfrenta longas filas para se vacinar contra a febre amarela

Rafael Arbex/Estadão Conteúdo

Com parques fechados como medida de prevenção contra a febre amarela, moradores da zona norte de São Paulo abandonaram a prática de exercícios na região e começaram a usar seus carros para buscar espaços para fazer caminhadas e novas opções de lazer.

A mudança na rotina acontece desde que macacos foram encontrados mortos no Horto e no Parque Anhanguera e tiveram resultado positivo para a febre amarela. Até agora, 15 parques municipais estão fechados.

A aeronauta Andrea Cavalcante, de 44 anos, é uma das moradoras que optou por usar o carro para ir a um parque mais distante de casa. Ela mora em frente ao Parque São Domingos, na rua Pedro Sernagiotti, e conta que costumava frequentar o Parque Cidade de Toronto como segunda opção.

— Eu vou aos parques uma vez por mês com as minhas crianças de carro, mas agora, como os dois estão fechados, eu preciso ir de carro no Parque Villa Lobos, que fica mais longe da minha casa.

Andrea explica que o aviso colocado nos portões dos parques não diz se há uma previsão para reabertura.

— Os avisos foram escritos à mão e o prazo que está indicado lá é indeterminado. Com certeza está fazendo falta para muita gente também.

O industrial Oscar Roberto Filho, 54 anos, é morador do bairro Vila Zati e também sentiu falta de um espaço público para os seus filhos brincarem. Ele frequentava o parque Rodrigo Gásperi, que fica próximo à casa dele e também foi fechado.

— Eu ia junto com a minha família aos finais de semana para fazer uns passeios, praticar caminhada e levar as crianças para tomar um arzinho puro.

Para a dona de casa Marlene Rocha, 65 anos, o fechamento dos parques prejudica muita gente que costumava frequentar esses lugares e que usava os aparelhos para praticar exércícios. Apesar da afirmação, Marlene diz acreditar que as portas fechadas dos parques são uma conduta necessária tomada pelas autoridades.

— Ainda que os parques estivessem abertos, eu até acho que poucos pessoas iriam. É uma questão de segurança mesmo.

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, 16 macacos mortos na capital foram levados para análise desde o dia 9, data de confirmação da morte de um primata no Horto Florestal. Em todo o Estado, 258 primatas morreram infectados pelo vírus desde o início do ano até a última sexta-feira (27).

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