O Ministério Público do Rio Grande do Sul recolheu, na manhã desta sexta-feira (20), cerca de 17 mil amostras de exames para prevenção de câncer de colo do útero do laboratório SEG (Serviço Especializado de Ginecologia).
As amostras foram encaminhadas para o Instituto Geral de Perícia do Rio Grande do Sul (IGP/RS), em Porto Alegre, para que sejam submetidas a nova análise, de acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público.
Tratam-se de exames citopatológicos cérvico-vaginal/microflora e exames de rastreamento, coletas de rastreamento para o câncer de colo de útero realizados no período de janeiro de 2017 a junho de 2018. O método da análise não foi divulgado.
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O recolhimento dessas amostras foi determinado pela prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, e também solicitado pelo Ministério Público. O laboratório SEG (Serviço Especializado de Ginecologia), de Pelotas, havia informado por meio de nota na última segunda-feira (17) que as amostram estavam à disposição das autoridades.
A prefeita também informou, por meio de nota, que a realização de exames de prevenção de colo de útero serão suspensos durante uma semana nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade até que seja efetivada a contratação de um novo laboratório. Os materiais já coletados e que aguardam análise, cuja validade é de 15 dias, terão de ser colhidos novamente caso a contratação laboratorial ultrapasse esse período.
Entenda o caso
O laboratório SEG (Serviço Especializado em Ginecologia) de Pelotas, que presta serviço para o SUS, recebeu uma denúncia de médicos e enfermeiros da UBS Bom Jesus de ter fraudado exames de prevenção de cólo de útero.
Entre 2014 e 2017, nenhuma mulher que fez o exame teve alteração descrita no resultado. A suspeita é que o laboratório teria realizado resultados por amostragem, em vez de analisar todos os laudos.
*Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini
Prefeitura suspende laboratório suspeito de fraudar exames: