OMS teme 236 mil mortos a mais por covid na Europa até dezembro

Dos 53 Estados-membros da região, 33 relatam um aumento de mais de 10% na incidência de casos em duas semanas

30/08/2021 - 09h07 (Atualizado em 20/04/2024 - 07h57)

A Europa poderá registrar 236.000 mortos adicionais pela pandemia da covid-19 até 1º de dezembro - afirmou o diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), Hans Kluge, nesta segunda-feira (30), manifestando sua preocupação com o estancamento do ritmo de vacinação.

"Na semana passada, o número de mortos na região aumentou 11%, com uma projeção confiável que prevê 236.000 mortos na Europa até 1º de dezembro", que se somarão ao 1,3 milhão de óbitos registrados até agora no Velho Continente, declarou Kluge em entrevista coletiva.

Dos 53 Estados-membros da região, 33 relataram um aumento de mais de 10% na incidência de casos em duas semanas, destacou, enquanto a taxa de vacinação se desacelerou.

"Nas últimas seis semanas", esse ritmo "caiu 14%, devido à falta de acesso às vacinas em alguns países, e a uma falta de aceitação das vacinas, em outros", destacou Kluge, que pediu que se aumente a capacidade de produção dos imunizantes e sua distribuição.

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Embora cerca de 75% do pessoal de saúde na Europa como um todo esteja vacinado, em alguns países da região este percentual é de apenas 10%, de acordo com a OMS.

Segundo dados dessa agência, em oito meses, em torno de 850 milhões de doses foram administradas na região, que se estende até a Ásia Central. Com isso, cerca de metade da população completou o esquema de vacinação.

Na União Europeia, 58,7% de seus habitantes, ou seja 262,3 milhões de pessoas, estão totalmente vacinados.

Com a queda dos números de mortes e novos casos de Covid-19, aliada ao avanço da vacinação, muitas pessoas que já receberam a segunda dose do imunizante estão retornando às atividades sociais. O infectologista Munir Ayub, membro da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), explica quais cuidados são necessários nesse retorno

Como é possível se prevenir de contaminações em locais com muita circulação de pessoas, como bares e restaurantes? Grinbaum explica que para frequentar esses locais de forma segura, é necessária a fiscalização, a fim de evitar ambientes lotados. As principais medidas a serem adotadas são diminuir a ocupação, aumentar o distanciamento entre as pessoas e exigir comprovante de imunização contra a covid, o chamado passe vacinal

BRA01. RIO DE JANEIRO (BRASIL), 22/08/2021.- Fotografía tomada con dron que muestra a miles de personas sin mantener distancia en la playa de Ipanema hoy, en Río de Janeiro (Brasil). En la ciudad de Río de Janeiro la variante delta del coronavirus empieza a ser predominante y ya es responsable por cerca del 50 % de los casos detectados en las últimas semanas. EFE/Antonio Lacerda

Moscow (Russian Federation), 25/06/2021.- Russian people leave a vaccination point after receiving an injection of Russia's Sputnik V (Gam-COVID-Vac) vaccine against COVID-19 at the vaccination point at the shopping center Solaris in Moscow, Russia, 25 June 2021. According to the Mayor of Moscow Sergey Sobyanin, starting 28 June 2021, only those who have been vaccinated against COVID-19 and who have recovered within the last six months, or with a negative PCR test valid for three days, will be able to visit catering places in Moscow. (Rusia, Moscú) EFE/EPA/YURI KOCHETKOV

Staff member marks seats for social distancing at a movie theatre at CGV cinema amid the COVID-19 pandemic in Jakarta, Indonesia, October 21, 2020. REUTERS/Ajeng Dinar Ulfiana TPX IMAGES OF THE DAY

Com o avanço da vacinação contra covid, muitos Estados estão fazendo eventos-teste em estádios de futebol. É possível frequentar este ambiente com segurança? Como evitar a transmissão do vírus nesse ambiente? Para Grinbaum, a reabertura de estádios não deveria ser prioridade, pois apresenta um grande risco de transmissão, desde o transporte até a permanência no local. Caso o retorno aconteça, Grinbaum recomenda “capacidade restrita, exigindo e fiscalizando uso de máscaras e distanciamento”

*Estagiário do R7 sob supervisão de Deborah Giannini

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