Opioide é associado a nascimentos de bebês com intestino exposto
Estudo realizado nos Estados Unidos revela crescimento de nascimentos de crianças com gastrosquise em regiões com alto consumo da droga
Saúde|Deborah Giannini, do R7

Um relatório divulgado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), do governo dos Estados Unidos, mostra que houve um aumento do nascimento de bebês com gastrosquise e que isso pode estar associado ao uso de opioides na gravidez.
A gastrosquise é uma má-formação congênita que faz com que a criança nasça com o intestino fora do corpo devido a um orifício no abdome.
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Este buraco é fechado por meio de cirurgia, logo após o nascimento, mas, mesmo assim, a criança pode ter problemas de digestão e absorção de nutrientes, afetando seu desenvolvimento, segundo o CDC.
A causa da doença é geralmente desconhecida, mas mães com menos de 20 anos correm maior risco de morte que mães mais velhas, de acordo com o CDC.
O estudo analisou casos de gastrosquise em 20 Estados norte-americanos e constatou um aumento de 10% da doença entre 2011 a 2015 em relação a 2006 e 2010. A incidência subiu de 4,2 casos para 4,5 em cada 10 mil nascidos. O maior aumento foi observado em mães entre 20 e 30 anos.
Esse novo relatório confirma a tendência de crescimento revelada em um estudo anterior, que mostrou que a taxa da doença já tinha aumentado entre 1995 e 2012.
A razão para o aumento da incidência da doença não é conhecida, mas o levantamento sugere uma associação à epidemia do uso de opiáceos que ocorre nos Estados Unidos.
O estudo também indica que a má-formação é 1,6 maior nas cidades onde há uma alta taxa de prescrição de uso de medicamentos desse tipo.
Os pesquisadores ressaltam que o estudo encontrou uma associação entre o defeito congênito e o uso de opiáceos, no entanto, não há comprovação de que esses medicamentos causem a gastrosquise.
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Não se sabe se as mulheres que tiveram bebês com gastrosquise foram expostas a opioides.
Cerca de 66% das mortes por overdose nos Estados Unidos estão ligadas ao uso de opioides, o que representa 42 mil pessoas, de acordo com o CDC. O país vive uma epidemia do uso do medicamento.
Os opioides incluem drogas ilegais, como a heroína, e medicamentos permitidos, como a oxicodona e a hidrocodona, que são substâncias analgésicas.
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O parto na água é realizado em uma banheira ou piscina, inclusive de plástico, em casa ou hospital - é cada vez mais comum que as maternidades ofereçam essa opção. A água deve estar na mesma temperatura do corpo, por volta de 37º C, e cobrir toda a bar...
O parto na água é realizado em uma banheira ou piscina, inclusive de plástico, em casa ou hospital - é cada vez mais comum que as maternidades ofereçam essa opção. A água deve estar na mesma temperatura do corpo, por volta de 37º C, e cobrir toda a barriga. É comum que o pai, ou acompanhante, fique dentro da água para ajudar a mãe. Esse tipo de parto traz conforto ao bebê, que encontra na água aquecida a mesma sensação que tinha dentro do útero. Para a mulher, o relaxamento muscular é profundo, o que favorece o alívio da dor








