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Presidente da Anvisa pede a Bolsonaro sanção de MP de 7 dias

Em reunião nesta quarta-feira (10), Antônio Barra Torres enfatizou a importância de sete dias úteis para analisar liberação de vacinas

Saúde|Daniel Trevor, da Record TV, com Carla Canteras, do R7

Presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, teve reunião com Bolsonaro
Presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, teve reunião com Bolsonaro

Após reunião nesta quarta-feira (10), em Brasília, o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres pediu ao presidente Jair Bolsonaro que sancione a MP que estalelece 7 dias úteis, sendo 9 corridos, para a aprovação temporária de vacinas. O prazo foi o utilizado para aprovar o uso emergencial da CoronaVac e da vacina de Oxford contra a covid-19, que já estão sendo aplicadas no país. Atualmente o prazo é de 10 dias.

No dia 2 de março, o Senado aprovou por 73 votos a zero essa Medida Provisória. "Com a MP 1026, fica preservada a capacidade da agência de ler, estudar os documentos e emitir o seu juízo de valor. É para isso que a agência existe. Na emenda à MP, essa possibilidade não existia. Assim, dá um prazo razoável porque foi o que usamos para a vacina CoronaVac e AstraZeneca, quando do uso emergencial. Ainda preserva a possibilidade maior de dias em caso de dúvidas ou documentação incompleta", afirmou Barra Torres, em entrevista coletiva à imprensa.

O texto aguarda a sanção de Bolsonaro. O presidente havia vetado outra MP que estabelecia o prazo de cinco dias para a liberação do uso temporário de vacinas, o que a agência tinha avaliado como “irreal”.

Barra Torres também comentou sobre a possibilidade de registro definitivo da vacina Oxfor no país e revelou que a liberação está próxima. "A Oxford, da Fiocruz/AstraZeneca, ainda precisa apresentar documentos sólidos e consubstanciados para que análise possa ser feita. Prefiro não efetuar uma previsão em dias, mas eu diria que está muito próximo."


Ele ressaltou que o fato de já ter tido aprovação de uso emergencial facilita o processo. "Já tivemos o uso emergencial, então, com a complementação de documentos, o processo se aproxima fortemente da sua conclusão", disse. 

Para facilitar a compra de vacinas, foi aprovado, também por meio de MP, a responsabilidade por possíveis efeitos adversos às vacinas, seja da União, dos Estados ou dos Municípios. Barra Torres acredita que reações a medicamentos são normais e analisadas pelos fabricantes de imunizantes e pela Anvisa. "Qualquer medicamento produz reações numa taxa percentual qualquer estabelecida antes nos estudos e identificada. Então, reações podem acontecer e elas são monitorizadas. Existe uma monitorização que envolve tanto fabricante, quanto a própria Anvisa quanto Ministério e isso é durante um longo tempo", minimizou.


Sobre o fato de o Ministério da Saúde ter solicitado ajuda à embaixada da China para aquisição de vacinas da Sinopharm, ele afirmou que "no momento difícil que atravessamos qualquer ajuda é bem-vinda". "Desde que seja qualificada e adequada ao que passamos. É um momento de lembrarmos sempre que o inimigo é um só. Temos que nos unir. Mesmo com a dificuldade vacinal, a máscara, o distanciamento social e a higienização de mãos são essenciais."

O presidente da agência destacou a segurança das vacinas aplicadas no Brasil. "Ninguém deve ter pé atrás em tomar vacina. Todos nós que estamos aqui é porque tomamos vacina em alguma época. É porque nosso pai, nossa mãe ou nosso responsável nos levou pela mão em algum momento e nós tomamos vacinas. Refletir sobre usar ou não usar vacina me parece algo que não tem sentido", disse e salientou a importância da vacinação: "Quero lembrar que estamos em um momento com protocolos ainda emergenciais. Então, assim que estiver disponível, acredite, vá e se vacine. É fundamental a vacinação."

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