Queiroga: Haverá onda de doenças negligenciadas pós-covid
Na Comissão de Fiscalização Financeira, Marcelo Queiroga ressaltou ainda atenção a doenças relacionadas à covid-19
Saúde|Do R7
A Comissão de Fiscalização Financeira e de Defesa do Consumidor contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nesta quarta-feira (26). Ele ressaltou que, após a pandemia, deve haver uma onda de doenças crônicas como a hipertensão e o diabetes, que, segundo ele, estão sendo negligenciadas, e atenção às sequelas ocasionadas pela covid-19, a longo prazo.
"Houve aumento de óbitos de doenças cardiovasculares fora do hospital, em domícilio, e negligência de doenças como diabetes e hipertensão arterial. Depois que a covid passar, teremos onda dessas doenças que foram negligenciadas. Aqui, que é uma comissão de controle de finanças, temos que dar atenção a isso", ressaltou.
"Estamos preocupados com as síndromes pós-covid e por outro lado observar as doenças prevalentes, além da covid, como as doenças cardiovasculares, que exigem cuidado e no contexto pandêmico. Observamos menos atenção a esses pacientes", completou.
Queiroga sublinhou que a preocupação do ministério é de "de natureza orçamentaria".
"Destaco o apoio do Senado à covid, também o auxílio emergencial, votado nesta casa. Muito importante para socorrer a população brasileira e um dos maiores programas na pandemia que coloca o Brasil em patamar diferenciado de assistência social", afirmou.
Segundo dados do ministério, houve redução no orçamento, principalmente na parte de investimento. Queiroga divulgou a estratégia da pasta a respeito de respiradores e leitos de UTI, com grande demanda durante a pandemia, detacando que o objetivo era suprir estados e municípios com insumos e equipamentos.
"Distribuímos em 2020, 13.891 respiradores e 420 monitores para todo o Brasil. Neste ano, 4.889 respiradores e mil monitores, além de dispor de uma ata com mais de 5 mil respiradores que vamos adquirir e distribuir. Com isso, são mais de 19 mil respiradores, de grande importância para leitos de UTI e intermediários", ressaltou.