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Rede pública de SP só vai fazer teste de coronavírus em pacientes graves 

David Uip, coordenador do Centro de Contingência para a doença, disse que medida tem por objetivo garantir 'bom uso do dinheiro público'

Saúde|Do R7

David Uip participou de coletiva em São Paulo
David Uip participou de coletiva em São Paulo

O Estado de São Paulo vai começar a restringir os exames para detecção da presença do novo coronavírus, responsável por causar a doença covid-19, aos casos graves.

O anúncio foi feito por David Uip, coordenador do Centro de Contingência para a doença, nesta sexta-feira (13), em coletiva de imprensa, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. 

Com o aval do Ministério da Saúde, a rede pública do Governo Paulista deixará de realizar o PCR-RT em casos considerados "leves", quando não há necessidade de internação. "Nós só realizaremos exames nos pacientes que estão internados, nos indivíduos em clínica sentinela e em pesquisas. Isto é dar bom gasto ao dinheiro público", defendeu Uip, que completou: "Isso tem um custo absurdamente bizarro e inaceitável." Cada teste realizado custa, aproximadamente, R$ 100 aos cofres públicos. 

O ministro Luiz Henrique Mandetta explicou que, diferente do que acontece na China e de alguns países da Europa — em que os exames são realizados um a um —, aqui no Brasil, no atual momento da pandemia, não existe a necessidade de repetir o método. Recentemente, o chefe da pasta já havia falado sobre essa possibilidade. 


"Quando existe epidemia eu já sei que o quadro clínico é esse, que é assim. Então se faz o diagnóstico clínico. Eu não preciso contar mil, dois mim. É feito por nexo causal (quando se observa a relação dos sintomas com a doença objeto de análise). Chega uma hora que não precisa ficar fazendo mais de um a um", explicou Mandetta. 

A medida deve ser publicada no Diário Oficial nos próximos dias. 


SP e RJ têm transmissão comunitária

O anúncio acontece no mesmo dia em que o Ministério da Saúde confirmou que as cidade de São Paulo e do Rio de Janeiro já possuem transmissão comunitária do coronavírus. Nesta fase, não é possível identificar a trajetória de infecção do vírus.


Foram registrados quatro casos, dois em cada cidade, em que não se sabe a origem. O pasta contabilizava, até a tarde desta sexta-feira (13), 98 casos confirmados de coronavírus em todo o país, sendo 56 no estado de São Paulo e 16 no Rio de Janeiro.

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O governo já vinha dizendo que era uma "questão de dias" para que algumas localidades registrassem a transmissão comunitária do novo coronavírus (SARS-CoV2), a exemplo do que ocorre em países como a Itália e Estados Unidos.

"O que muda é que naquelas localidades em que eu tenho transmissão comunitária, eu não preciso ficar monitorando casos leves e moderados, vou trabalhar com casos graves — síndrome respiratória aguda grave", explicou o secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Wanderson de Oliveira.

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