Risco de doença cardíaca na artrose é associado ao uso de analgésicos

Segundo estudo, 41% do aumento do risco de qualquer evento cardiovascular nesses pacientes está relacionado a medicamentos como o ibuprofeno

Saúde|Deborah Giannini, do R7

12/08/2019 - 02h00 (Atualizado em 21/02/2024 - 17h00)

A artrose está associada a um aumento do risco de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC. Um estudo da Universidade de British Columbia, no Canadá, publicado no períodico Arthritis & Rheumatology mostrou que grande parte desse risco vem do uso de medicamentos anti-inflamatórios não esteróides, os chamados AINEs. Entre eles estão o ibuprofeno e o naproxeno.

A artrose é uma doença dolorosa degenerativa da cartilagem articular e dos ossos que progride com a idade, atingindo principalmente mulheres após os 60 anos, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do governo do Estados Unidos.

Os pesquisadores cruzaram dados de 7.743 pacientes com artrose com 23.229 pessoas sem a doença, que raramente ou nunca usavam AINEs.

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O estudo concluiu que pessoas com artrose apresentavam um aumento de 42% do risco de insuficiência cardíaca congestiva, 17% de doença coronariana e 14% de AVC (acidente vascular cerebral), em relação a pessoas saudáveis.

Depois de analisar dados como índice de massa corpórea, hipertensão, diabetes, nível de colesterol alto e outros fatores de saúde, eles constataram que 41% do aumento do risco de qualquer evento cardiovascular foi atribuído ao uso de AINEs.

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Entrevistado pelo jornal norte-americano The New York Times, Aslam H. Anis, principal autor do estudo e professor de economia da saúde na Universidade de British Columbia, afirmou que o tratamento, muitas vezes, é pior que a doença. Segundo ele, existem medicamentos alternativos que podem ser usados para a dor da artrose. "Converse com seu médico sobre os riscos e os benefícios do tratamento", disse ao jornal.

Dores podem 'prever' mudança de tempo e piorar com o frio:

A queda de temperatura agrada a alguns e aborrece a outros. Um dos motivos é o que frio piora muitas dores. De acordo com o neurologista Claudio Correia, especialista em dor crônica do Hospital Nove de Julho, em São Paulo, mudanças de tempo, seja elevação ou queda de temperatura, chuva ou falta de umidade, refletem em incômodos em pessoas com dor crônica, mas o frio é o líder nesse quesito

*Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini

Por que a dor aumenta no frio? O frio faz com que o corpo fique contraído, o que sobrecarrega os músculos e as articulações. A contração dos vagos sanguíneos também afetam as dores, pois, com, menos sangue circulando, menos oxigênio será bombeado pelo corpo, aumentando a produção do ácido lático, responsável pelas dores musculares. Outra condição climática que também provoca aumento da dor é a baixa pressão atmosférica. Essa condição, que costuma ocorrer durante épocas mais quentes do ano, favorece a formação de nuvens e o tempo chuvoso

Quais dores pioram com o frio? Fibromialgia, que provoca dores por todo o corpo; artrite, que é uma inflamação das articulações; artrose, desgaste das cartilagens entre os ossos, provocando dores; dor de cabeça crônica, que piora com a pressão atmosférica sobre os seios nasais; dores
no nervo ciático; tendinite, uma inflamação dos tecidos que ligam os músculos aos ossos; bursite, inflamação das bolsas que protegem as articulações

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A queda de temperatura agrada a alguns e aborrece a outros. Um dos motivos é o que frio piora muitas dores. De acordo com o neurologista Claudio Correia, especialista em dor crônica do Hospital Nove de Julho, em São Paulo, mudanças de tempo, seja elevação ou queda de temperatura, chuva ou falta de umidade, refletem em incômodos em pessoas com dor crônica, mas o frio é o líder nesse quesito *Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini