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Sarampo: meta vacinal é alcançada em 65% das cidades, diz Ministério

Segundo a pasta, houve uma desaceleração da doença no Estado de São Paulo, mas Pernambuco, Rio de Janeiro, Bahia e Paraná merecem atenção

Saúde|Deborah Giannini, do R7

A vacina tríplice viral protege contra o sarampo, caxumba e rubéola
A vacina tríplice viral protege contra o sarampo, caxumba e rubéola A vacina tríplice viral protege contra o sarampo, caxumba e rubéola

A meta vacinal de 95% contra o sarampo foi alcançada em 65% dos municípios brasileiros, segundo um balanço divulgado nesta terça-feira (29) pelo Ministério da Saúde. Isso equivale à cobertura em 14 Estados em crianças de seis meses a menores de 1 ano de idade, faixa etária mais suscetível às complicações da doença.

Os Estados que atingiram a meta de vacinação são Alagoas, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Espírito Santo, Ceará, Paraná, Santa Catarina, Sergipe, Rio Grande do Sul, Tocantins, Goiás, São Paulo e Paraíba.

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério, Wanderson de Oliveira, afirmou em entrevista aos jornalistas, em Brasília, que o país já registrou neste ano 10.429 casos confirmados da doença, sendo 8.235 casos confirmados por laboratório e 2.194 pelo critério clínico-epidemiológico, além de 14 mortes. Há ainda 19.537 casos em investigação.

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Ele ressaltou que, até maio deste ano, os casos se referem ao surto originado pela imigração de venezuelanos em Roraima. A partir de junho, é considerado um outro surto, com início em São Paulo, originado também de casos importados, da Noruega, Malta e Israel.

"Diferentemente da dengue, na qual há quatro tipos de vírus, no sarampo há apenas 1 tipo, porém 23 genótipos diferentes. O genótipo D8 ocorreu na região Norte no ano passado e agora também é este mesmo genótipo que circula no Sudeste", explicou.

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"É importante salientar que na Europa, Ásia e África há casos ativos e a única forma de evitarmos a sustentabilidade do sarampo em território nacional é com a cobertura elevada da vacina de modo homogêneo", acrescentou.

Segundo ele, houve uma desaceleração da doença no Estado de São Paulo, que passa por surto e concentra 97% dos casos, mas outros Estados merecem atenção: Pernambuco, Rio de Janeiro, Bahia e Paraná.

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"Nesses Estados, estão ocorrendo casos principalmente em adultos jovens, que só receberam uma dose na infância, por isso a importância da segunda fase da campanha. Datas como Réveillon e Carvanal podem ampliar a transmissão", afirma.

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"O objetivo é reduzir a velocidade da transmissão do sarampo. Pessoas nessa faixa etária se movimentam muito. Além disso, agora estamos no início da sazonalidade da dengue, portanto é preciso aumentar a atenção porque as duas doenças podem dar exantema e ocasior confusão no atendimento", completa.

A segunda etapa da campanha nacional de vacinação será de 18 a 30 novembro dirigida a jovens de 20 a 29 anos.

"Uma pessoa com sarampo pode transmitir para até 18 em uma mesma sala. Se houver mais pessoas, pode transmitir para muito mais. E a doença se torna mais critica para crianças menores de 5 anos porque pode evoluir para óbito", explica. 

No próximo ano, a cobertura vacinal será ampliada até os 59 anos. Hoje, a vacina contra o sarampo é oferecida pelo SUS até os 49 anos. 

"A meta é vacinar 39 milhões de brasileiros entre 1 e 49 anos e interromper a transmissão do sarampo no país em 2020", afirmou.

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Entre as estratégias para alcançar esse objetivo estão a busca ativa, que consiste em levar à vacinação a comunidades com baixa cobertura, além do incentivo financeiro oferecido pelo Ministério da Saúde aos municípios que atingirem a meta. 

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