A Secretaria de Saúde do Distrito Federal vai utilizar drones para identificar e mapear focos de dengue no DF e ajudar no combate ao mosquito Aedes aegypti. Os locais mapeados serão os de maior risco epidemiológico. Segundo a pasta, “serão priorizados locais de difícil acesso, como caixas d'água e áreas com acúmulo de água em lajes, onde será aplicado larvicida para eliminar focos do vetor”. A secretaria está em processo de contratação do serviço, que será definido por hectare e não por quantidade de drones utilizados. A empresa contratada será responsável por fazer o manuseio do dispositivo. Os detalhes serão publicados no Diário Oficial do DF de segunda-feira (3). A expectativa é que a iniciativa comece a ser implementada ainda em 2025. O subsecretário de vigilância em saúde da SES, Fabiano dos Anjos, afirma que os drones vão auxiliar os agentes de vigilância ambiental em saúde a fiscalizar domicílios para focos do mosquito. Segundo ele, ainda existe certa dificuldade em entrar em algumas casas por resistência dos moradores, e os dispositivos devem facilitar esse processo. O Distrito Federal registrou 1.679 casos prováveis de dengue durante o mês de janeiro. Esse número representa uma redução de 96,7% se comparado ao mesmo período do ano passado, que teve 48.399 casos. Ainda não há mortes confirmadas, mas um óbito está sendo investigado.Itapoã e Paranoá são as únicas regiões administrativas que apresentam taxa de incidência média (de 100 a 299,9 casos por 100 mil habitantes). As outras RAs têm incidência baixa de dengue. O Ministério da Saúde vai incluir o Distrito Federal no uso do método Wolbachia de combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue. Segundo a Secretaria de Saúde do DF, o projeto está na fase de formalização da parceria e revisão do acordo de cooperação técnica, mas a expectativa é que a implementação comece ainda em 2025.Planaltina, São Sebastião, Paranoá, Itapoã, Arapoanga, Estrutural, Recanto das Emas, Fercal e Gama serão as primeiras regiões administrativas a receber o método.A iniciativa consiste na liberação em larga escala de mosquitos infectados pela bactéria Wolbachia. Essa bactéria não afeta humanos ou outros vertebrados e reduz a capacidade dos mosquitos de transmitir arboviroses, como dengue, zika e chikungunya.Os mosquitos liberados se reproduzem na área e estabelecem uma nova população que seja totalmente infectada pela bactéria e, dessa forma, não transmite mais doenças. Segundo o ministério, o estabelecimento das populações infectadas ocorre em dois anos, em média.O método já foi implementado em Niterói (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Campo Grande (MS), Petrolina (PE) e Belo Horizonte (MG) com resultados positivos. Em Niterói, que foi a pioneira, teve redução de 69% da incidência de dengue; 56%, de chikungunya; e 37%, de zika.