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Sintomas de engasgo com espinhas de peixe vão de sensação de ranhura na garganta a vômito

Crianças e idosos sofrem maior risco de acidentes envolvendo os corpos estranhos, dadas as dificuldades de mastigação 

Saúde|Giovanna Borielo, do R7


Peixes devem ser ingeridos em pequenas porções devido as espinhas
Peixes devem ser ingeridos em pequenas porções devido as espinhas

O consumo de peixes é altamente recomendado pela riqueza nutricional da carne branca. Entretanto, é necessário ter cuidados e atenção ao ingerí-los, devido às espinhas, visto que a má deglutição pode gerar engasgos e até mesmo a perfuração de órgãos.

"As espinhas de peixe são um corpo estranho e, muitas vezes, [você] é capaz de sentí-las durante a mastigação, ao perceber algo duro junto ao alimento. Porém, por serem muito finas, é possível, também, que elas passem despercebidas. Por isso, é importante inspecionar bem o alimento, tanto em seu preparo, como durante a refeição, a fim de retirá-las antes de comer, e sempre dividir os peixes em pequenas porções", explica o otorrinolaringologista Ricardo Dourado, da ABORL-CCF (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial).

Já o otorrinolaringologista Hugo Valter Lisboa, presidente da ABLV (Academia Brasileira de Laringologia e Voz), afirma que os sinais de que a espinha ficou presa são imediatos – sensação incômoda, de fisgada.

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Dourado completa que, ao engolir, além da sensação de ranhura, se a espinha estiver presa em regiões mais baixas, como o esôfago, a pessoa pode sentir dificuldade para engolir, inclusive a própria saliva, assim como a ingestão de água e alimentos sólidos.

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Em alguns casos, pode ocorrrer vômitos, dada a tentativa do corpo de tentar expulsar o corpo estranho.

Entre os grupos com maiores riscos de sofrer com tais situações, estão crianças e idosos. Isso porque ambos costumam ter mais dificuldade de mastigação.

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Crianças podem não ter a atenção necessária, assim como a habilidade para identificar tais corpos estranhos misturados aos alimentos.

Já idosos que usam prótese dentária, que costuma cobrir toda a extensão do céu da boca, têm a sensibilidade da área diminuída, não percebendo a presença da espinha durante a mastigação.

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Embora não haja alguma espécie de peixe associada a mais engasgos, é mais comum que as ocorrências sejam aumentadas naqueles com mais espinhas, principalmente as que são menores ou mais fininhas, que são de difícil percepção sensorial e localização visual.

Os médicos alegam que espinhas menores costumam gerar menos sintomas e, consequentemente, menos problemas, podendo se misturar ao bolo alimentar e serem expelidas pelas fezes.

Porém, com espinhas maiores, há o risco de que fiquem paradas em qualquer local do trajeto (amídalas, laringe, esôfago, estômago e intestino), podendo gerar inflamações e infecções locais, além do risco de perfuração, complicando ainda mais o quadro. 

Lisboa alega que em caso de ingestão, o ideal é buscar ajuda médica e não tentar fazer a espinha "descer" com outros alimentos ou tentar qualquer manobra caseira, mesmo que ela esteja visível.

"É importante que essa retirada seja feita por um médico, que realizará o procedimento de maneira adequada. Tentar colocar o dedo para tirar a espinha, por exemplo, pode machucar ainda mais a área", afirma o presidente da ABLV.

Os médicos alegam que, geralmente, as espinhas podem ser facilmente retiradas em consultório ou no pronto-atendimento com o auxílio de pinças especiais.

Em casos que a espinha esteja alojada em áreas mais profundas, pode ser realizada a extração por meio de uma endoscopia digestiva alta ou com a inserção de câmeras pelo nariz, que guiarão a retirada pela pinça. Embora raros, pode ocorrer, também, a retirada em centros cirúrgicos.

Já em perfurações, é necessário fazer a retirada por meio de cirurgias com maior frequência e iniciar tratamento medicamentoso – antibióticos são usados para controlar a infecção que pode ocorrer no local.

Além das pequenas porções, a mastigação adequada da comida é uma forma de evitar os acidentes com espinhas. 

Quando se oferecer peixe às crianças, por exemplo, deve-se esmiuçá-lo no prato para que seja possível identificar se há algo a ser retirado. 

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