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Com cuscuz e tapioca de queijo coalho, dieta mediterrânea se adapta à realidade brasileira

Alimentação é baseada no alto consumo de ingredientes frescos e naturais, assim como no azeite de oliva

Saúde|Do R7

Alimentos normalmente consumidos no Brasil podem ser incorporados na dieta mediterrânea
Alimentos normalmente consumidos no Brasil podem ser incorporados na dieta mediterrânea Alimentos normalmente consumidos no Brasil podem ser incorporados na dieta mediterrânea

A dieta mediterrânea é uma das queridinhas de quem busca um novo estilo de vida e mudança nos hábitos alimentares. Baseada em refeições ricas em ingredientes frescos, integrais ou naturais, esse estilo alimentar visa a redução do consumo de proteína animal, como carnes vermelhas, dando preferência às adquiridas por meio de vegetais ou peixes, explica a nutricionista funcional e esportiva Thais Barca, da CliNutri.

Além da alta ingestão de fruta, legumes e verduras, um dos principais ingredientes presentes na elaboração dos pratos é o azeite de oliva extravirgem, sendo a principal fonte de gordura boa dessa alimentação. Ainda, são consumidos grãos e oleaginosas, como nozes e castanhas.

Estudos recentes associam a dieta mediterrânea a menores riscos de ter doenças cardiovasculares e, mais recentemente, de desenvolver demência

Entretanto, a adesão à dieta não é algo fácil. Edvânia Soares, nutricionista da Estima Nutrição, alega que, além das dificuldades enfrentadas por todas as pessoas ao iniciar uma dieta em relação ao comportamento, o acesso aos alimentos recomendados pode ser complexo, também.

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"Pode acontecer que nem todos os alimentos dessa dieta estejam disponíveis em todos os locais, impedindo acesso e escolha, assim como os custos de alguns ingredientes, que são mais caros, como frutas frescas e alguns peixes, como o salmão", diz.

A profissional considera também que existem muitas tentações no meio do caminho, principalmente por pessoas que têm pouco tempo para cozinhar suas próprias refeições.

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"Outro obstáculo que pode ser enfrentado é em questão do preparo dos pratos, visto que é uma demanda da dieta – e nem sempre as pessoas têm esse tempo hábil – e acabam preferindo alimentos ultraprocessados, que têm um acesso facilitado, mas não são nada saudáveis", afirma Edvânia.

Os utraprocessados vão desde refrigerantes e biscoitos até refeições prontas congeladas ou refrigeradas. 

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As nutricionistas recomendam a variação dos ingredientes presentes nessa dieta. Dado o fato que ela é baseada, principalmente nas frutas e verduras, é possível sempre trazer novas opções ao cardápio, indo de acordo com a sazonalidade e conforme a acessibilidade onde você vive.

Alguns peixes e frutos do mar, como o salmão e o camarão, por possuírem valores mais elevados em determinadas partes do Brasil, podem ser substituídos, por exemplo, pela sardinha.

Assim como as nozes podem dar espaço a outras castanhas, como a de caju ou a do Pará e até ao pistache.

"É possível adaptar à realidade brasileira. Não estamos na Europa, onde é mais fácil achar frutas vermelhas, por exemplo. Aqui, nós até achamos, mas o valor é muito elevado. Mas podemos dar lugar ao açaí natural ou à uva roxa, por exemplo", recomenda Thais. 

Outros ingredientes presentes nesse tipo de alimentação também podem ser encontrados no país com facilidade, e incluídos nos cardápios, levando em consideração a variedade de feijões, lentilhas e grão-de-bico presentes em nossos mercados.

Edvânia lembra que a hidratação também é peça-chave para a dieta. Assim, é recomendado, além da ingestão de água, o consumo de alimentos ricos em líquidos.

Já quanto às restrições, as nutricionistas sugerem que haja uma limitação na ingestão de doces, processados, fast food e alimentos ricos em sódio.

Para abrasileirar a dieta mediterrânea, trazendo à realidade, acessibilidade e comidas típicas do país, Thais traz de exemplo um cardápio com opções de alimentos comumente encontrados:

• Café da Manhã - Tapioca recheada com atum, queijo coalho e um fio de azeite de oliva extravirgem + 1 porção de seriguela;

• Almoço e jantar - Verduras e variadas à vontade temperadas com azeite de oliva extravirgem e limão + aipim cozido + feijão de corda + peixe espada ou robalo grelhado ou frutos do mar;

• Lanche da tarde - 1 porção pequena de cuscuz de milho cozido com uma pitada de sal + 1 ovo cozido ou mexido + 1 fruta;

• Ceia - 1 porção pequena de açaí puro + 1 porção (equivalente à palma da mão) de castanha de caju e do Pará cruas sem sal.

Dieta cardioprotetora investe na saúde do coração com base nas cores da bandeira nacional:

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