SP registra 434 mortes por covid-19 em 24 horas e tem novo recorde
Estado contabiliza até esta terça-feira 13.068 óbitos decorrentes da infecção pelo novo coronavírus; casos chegam a 229.475
Saúde|Do R7
O estado de São Paulo teve nesta terça-feira (23) um novo recorde de registros diários de mortes por covid-19. De ontem para hoje, houve um incremento de 434 óbitos, totalizando 13.068, segundo dados apresentados pela Secretaria de Estado da Saúde.
O maior número até então havia sido no dia 17 de junho, com 389 óbitos notificados. Isto não significa que eles tenham ocorrido nas 24 horas anteriores da notificação, mas que a investigação epidemiológica e posterior registro no sistema ocorreu neste período.
A secretaria também contabilizou 7.502 novos casos confirmados de covid-19 no estado, chegando a 229.475.
Dentre os casos confirmados, 38% foram por meio de testes rápidos (sorológicos), que identificam que o indivíduo já teve contato com o coronavírus no passado, mas desenvolveram anticorpos. É diferente do RT-PCR, que identifica a infecção na fase aguda.
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O coordenador-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus, João Gabbardo, lamentou os óbitos, mas disse que o número está dentro das previsões do governo — de 15 mil a 18 mil até o fim do mês.
"Esse número ocorre porque o interior do estado, na sua grande maioria das regiões, está em uma curva ascendente, em uma curva de crescimento de casos. Isso faz com que mesmo com a redução que a gente tenha na capital e na região metropolitana, o compto geral continua sendo negativo para aquilo que nós esperamos, para aquilo que nós desejamos, que é a redução desse número de óbitos a nível estadual."
O médico Paulo Menezes, da Coordenadoria e Controle de Doenças da Secretaria da Saúde, ressaltou que os óbitos notificados nas últimas 24 horas são resultado de "transmissão e infecção que ocorreu, em média, há um mês".
"Então, o que a população faz em um determinado momento resulta em óbitos lá para a frente", afirmou.
O governo afirma que, apesar da alta de óbitos, não há pressão sobre o sistema de saúde, que trabalha hoje com cerca de 65% de ocupação dos leitos de UTI.