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Variante Ômicron pode superar a Delta, diz especialista sul-africano

Segundo diretor do NICD, se a nova cepa for mais transmissível que a Delta, poderá causar um pico acentuado de novas infecções

Saúde|Do R7

Especialista diz que em quatro semanas será possível saber efetividade da variante
Especialista diz que em quatro semanas será possível saber efetividade da variante

A variante Ômicron do coronavírus detectada no sul da África pode ser a candidata mais provável para desbancar a variante Delta, altamente contagiosa, disse o diretor do NICD (Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul) nesta terça-feira (30).

A descoberta da Ômicron causa alarme global, levando países a limitarem viagens com origem no sul da África por medo de que ela se dissemine rapidamente mesmo em populações vacinadas. A OMS (Organização Mundial da Saúde) disse que a cepa representa um risco global "muito alto" de surtos de infecções.

"Pensamos: 'O que prevalecerá sobre a Delta?'. Essa sempre foi a questão, em termos de transmissibilidade, ao menos... talvez essa variante em particular seja a variante", disse Adrian Puren, diretor-executivo interino do NICD, à Reuters, em uma entrevista.

Se a Ômicron se mostrar mais transmissível do que a Delta, ela poderá provocar um pico acentuado de infecções que poderiam pressionar os hospitais.


Puren disse que os cientistas devem saber dentro de quatro semanas a que ponto a Ômicron consegue escapar da imunidade induzida pelas vacinas ou por infecções anteriores e se ela leva a sintomas clínicos piores do que aqueles causados por outras variantes.

Relatos ocasionais de médicos que tratam pacientes de Covid-19 sul-africanos revelam que a Ômicron parece estar produzindo sintomas amenos, como tosse seca, febre e transpiração noturna, mas especialistas desaconselham tirar conclusões firmes.

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