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Vírus que gera sintomas parecidos com covid-19 ameaça prematuros

O VSR (Vírus Sincicial Respiratório) é típico do outono; bebês prematuros, com cardiopatia congênita e doença pulmonar crônica são do grupo de risco

Saúde|Brenda Marques, do R7

Bebê prematuro está no grupo de risco da infecção pelo VSR
Bebê prematuro está no grupo de risco da infecção pelo VSR

O VSR (Vírus Sincicial Respiratório) circula o ano todo, mas é típico do outono. Sua infecção causa sintomas parecidos com os da gripe e da covid-19 em sua forma leve, mas bebês prematuros, com cardiopatia congênita e doença pulmonar crônica podem desenvolver complicações mais graves.

O vírus atinge todas as crianças em seus dois primeiros anos de vida, segundo Renato Kfouri, pediatra infectologista e presidente da Comissão Científica de Imunização da Sociedade Brasileira de Pediatria.

"Ele é muito frequente e circula o ano todo, mas se espalha principalmente em março nas regiões Sudeste, Norte e Centro-Oeste e em abril no Sul", explica.

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Contrair o VSR uma vez não traz imunidade a ele. Portanto, o vírus atinge pessoas de todas as idades. "Você pode ter várias vezes na vida, mas as infecções tendem a ser cada vez mais leves", esclarece o médico. "São bebês no primeiro ano de vida que têm risco de desenvolver formas graves, aí pode causar pneumonia", exemplifica.

No grupo de risco, o vírus também pode causar uma infecção chamada bronquiolite - ela se manifesta nos bronquíolos, ramificações dos brônquios que levam oxigênio aos pulmões. Em alguns casos, pode causar a morte do paciente, mas Kfouri enfatiza que "isso é bastante raro".


Quando é necessário o atendimento médico

Na maioria das vezes, os sintomas se parecem com os da gripe e de quadros leves da covid-19. Eles incluem coriza, tosse, febre baixa e dificuldade para respirar. Em casos mais graves, as pontas dos dedos ficam roxas.

"Qualquer doença respiratória pode ter sintomas semelhantes, eles são muito inespecíficos", observa o especialista.


Ele ressalta que os pais devem evitar ao máximo levar seus filhos ao pronto-socorro. "Se tiver febre persistente ou alguma dificuldade respirtória que impeça a criança de mamar. aí deve procurar o PS, mas sempre que possível, o ideal é consultar o pediatra que já faz o acompanhamento", orienta.

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A transmissão também acontece pelo ar ou por meio do contato com superfícies contaminadas - como portas, maçanetas e brinquedos - por gotículas que contenham o vírus. Por isso, lavar as mãos corretamente também está entre as medidas de prevenção do VSR, assim como da covid-19.

Anticorpo para o grupo de risco

Para o grupo de risco, está disponível no SUS (Sistema Único de Saúde) um anticorpo pronto capaz de prevenir consequências graves e a hospitalização por causa da infecção.

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"É um produto caro e direcionado somente para a população mais vulnerável durante a estação do vírus [outono], que são bebês prematuros, com cardiopatia congênita e doença pulmonar crônica", esclarece Kfouri.

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