Zika em homens, como ocorre com DJ Alok, merece atenção
Músico brasileiro afirmou ter contraído a doença pela segunda vez, o que especialista diz não ser possível; vírus permanece no sêmen por 6 meses
Saúde|Giovanna Borielo, do R7*
Homens que tenham contraído o zika vírus devem ter relações sexuais protegidas por pelo menos quatro meses e, relações com mulheres grávidas devem ter proteção durante seis meses, para que não transmitam o zika pelo sêmen, segundo o infectologista André Freitas, da Sociedade Brasileira de Dengue/Arborivores (SBD/A).
"O ideal pode ser, ainda, que os homens evitem ter relações sexuais com grávidas, pois a camisinha pode estourar e infectá-la, possibilitando complicações ao feto", alerta o infectologista.
O vírus zika provoca microcefalia em fetos.
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Segundo Freitas, a explicação mais aceita pela ciência do porquê o sêmen transmitir o zika, até o momento, é a que de que o vírus gera uma infecção crônica nos testículos e os anticorpos não conseguem combatê-la, o que permite a transmissão por meio de relações sexuais.
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O DJ brasileiro Alok, 27, afirmou neste domingo (9), estar com o zika vírus pela segunda vez. De acordo com músico, que terminou sua apresentação no Festival de Verão de Salvador mais cedo, ele teria contraído o vírus em viagem a Moçambique no começo do mês, onde realizou trabalhos sociais.
"Lá [em Moçambique] tem uma epidemia de zika vírus! Então, como eu já peguei da última vez, os sintomas são bem similares", relatou o DJ em coletiva à imprensa após o show no festival baiano.
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Entretanto, de acordo com o infectologista, na literatura médica é conhecido, até o momento que, após a contração do vírus numa primeira vez, a pessoa se torna imune a novas infecções por zika. "O mais provável é que ele tenha contraído outro tipo de infecção", afirma.
Os sintomas provocados pelo zika vírus são vermelhidão e coceira na pele, febre, dores nas articulações e vermelhidão nos olhos, podendo ser confundidos com os sintomas da dengue e levam entre três e sete dias para se manifestarem. O diagnóstico pode ser feito por meio do exame de sangue que analise o PCR, que identificará o genôma do vírus. São tratados apenas os sintomas da doença.
Não existe existe vacina contra a doença. Para preveni-la, é possível usar repelentes e evitar áreas de risco.
O Brasil registrou 8.024 casos de zika este ano, uma redução de 53% em relação ao ano passado, segundo o Ministério da Saúde. A taxa de incidência é de 3,8 casos por 100 mil habitantes. Neste ano, houve quatro mortes por zika.
*Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini
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